Desde o início da semana, um grupo de 16 empresários e representantes de instituições do setor de petróleo e gás natural do Rio Grande do Norte está na capital fluminense, participando da edição deste ano da Rio Oil & Gás. Montado em seis armazéns no Boulevard Olímpico, região portuária do Rio, o evento figura entre os mais importantes do país e do mundo neste segmento e reúne líderes, executivos de alto nível e profissionais das indústrias de óleo, gás e energias. Isso porque estão sendo discutidas pautas importantes para o segmento, como a transição enérgica no Brasil e novas tecnologias e recursos digitais para modelagens do refino à exploração de petróleo. A Rio Oil & Gas encerra na noite desta quinta-feira (29).
Entre as pautas de interesse dos potiguares, estão as discussões sobre o futuro das atividades em campos terrestres no país e os próximos passos do programa REATE, que serão apresentados durante o Fórum Onshore, previsto para ocorrer na tarde de encerramento do evento. Diante do cenário de retomada de investimentos e revitalização do setor, os debates promovidos pelo fórum se tornaram ainda mais decisivos para compreender não só a realidade atual, mas também o futuro das atividades onshore no Brasil.
Serão abordados no fórum o panorama, desafio e solução com foco nas atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural em terra. Entram nas discussões a cadeia de fornecimento de bens e serviços para os projetos de E&P Onshore. Durante o encontro, serão apresentados ainda os resultados obtidos na área de petróleo e gás com a retomada das atividades no onshore brasileiro, bem como os rumos do programa Reate futuramente.
O Fórum Onshore é apenas um dos compromissos dos integrantes da Missão Empresarial promovida pelo Sebrae no Rio Grande do Norte na Rio Oil & Gás 2022. A agenda dos potiguares na feira contemplou ainda a participação, na manhã do dia 28, no Business Meeting, evento realizado pelo Polo Sebrae Onshore.
O encontro reuniu os integrantes das missões empresariais dos estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, Espírito Santo e Amazonas para articulação de negócios, fazer conexões estratégicas e, junto com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), apresentar o catálogo e o painel das Operadoras e ainda a nova relação de fornecedores catalogados pela associação. Durante o evento, o secretário Executivo da ABPIP, Anabal Santos Júnior, apresentou os direcionamentos da instituição e reforçou a parceria com o Sebrae, principalmente na construção do portal para fornecedores, chamado de PetroSupply.
Agenda de business e network
O diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, acompanhou o grupo integrante da missão e participou da abertura da Rio Oil & Gas. “Trata-se de uma feira surpreendentemente grande e forte, que mostra a volta do negócio do petróleo e do gás como uma atividade econômica importante para a economia do Rio Grande do Norte, logo após realizarmos com muito sucesso o Mossoró Onshore no mês de julho passado. Estamos com um número significativo de empresas [são mais de 16 empresários] participando do evento e das rodadas, fazendo visitas e promovendo contatos acompanhadas da nossa equipe técnica juntamente com a RedePetro-RN”, assentiu o superintendente acerca da missão.
Zeca Melo, como também é conhecido o diretor, acrescentou ainda que a comitiva de empresários potiguares está satisfeita com a iniciativa do Sebrae em função das prospecções realizadas no evento e perspectiva de futuros negócios e conexões com outras companhias.
“Eles estão participando do maior evento do Brasil e um dos maiores do mundo no ramo de energias e estão se mexendo, fazendo negócio, o que demostra a decisão acertada do Sebrae de levá-los ao Rio”.
De fato, os empreendedores do estado estão em uma intensa agenda de negociações e conversas sobre o setor e possíveis parcerias comerciais com grandes companhias. “A gente está tendo a oportunidade de acessar do mercado onshore às oportunidades na área do pré-sal. Então, é um diferencial quase único no Brasil ter uma feira tão diversificada com tantas empresas de porte da Petrobras e demais que estão demandando muitos serviços e materiais. A gente tem que estar preparado para atender”, avalia o diretor da Engepetrol, José Nilo, empresário participante da missão.
RN em exposição
A edição especial que marca os 40 anos da Rio Oil & Gas conta com mais de 200 palestrantes, entre keynotes internacionais e os principais CEOs e líderes da indústria. Além de expositores, como a Bray, empresa especializada em válvulas automatizadas e manuais, e a SSE Brasil, empresa internacional, voltada para soluções de engenharia no setor de O&G. A RedePetro-RN também está entre os expositores do evento com um estande montado no espaço do Sebrae-RJ, apresentando seus associados e seus respectivos portfólios.
“há uma sinergia muito forte nesse momento pós pandemia e de retomada as atividades de petróleo e gás na Bacia Potiguar e no Brasil como um todo. A feira abre várias oportunidades, desde conhecer novas tecnologias e de fazer network. Já tivemos resultados positivos de empresas locais. A Casa do EPI, por exemplo, fechou acordo com uma empresa, que tem atuação no RN e demandava equipamentos de segurança, além de outras que estão com parcerias sendo realizadas ou promessa de negócios. Esse é o papel dessas missões feitas pelo Sebrae”, destacou o presidente da RedePetro-RN, Gutemberg Dias.
Novos mercados
De acordo com o gestor do Projeto de Petróleo, Gás e Energias do Sebrae-RN, Robson Matos, historicamente, a Rio Oil & Gas faz parte dos eventos prioritários para os empresários fornecedores da cadeia de óleo e gás do estado do RN, já que o evento oferece oportunidades de contatos com clientes destas empresas, networking, participação em rodadas de negócios e estabelecimento de relações comerciais já que as empresas associadas à RedePetro-RN formam um Hub de soluções para o mercado de petróleo e gás.
“A cadeia produtiva do petróleo e gás representa boa parte da atividade industrial do estado do RN, hoje, particularmente o petróleo se apresenta como comoditie relevante na pauta de exportação do RN, além de proporcionar uma grande quantidade de empregos diretos e indiretos gerado principalmente pelas micro e pequenas empresas fornecedoras da cadeia, além de ser um setor com forte impacto no efeito renda” alega o gestor, pontuando que os empresários participam de reuniões de negócios e de atividades no polo de referência em óleo e gás onshore.