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Com o barreado do Litoral do Paraná, Brasil chega a 100 Indicações Geográficas

O prato típico da região é feito com carne bovina cozida por horas em uma panela hermeticamente fechada com goma de farinha de mandioca
Por Da Redação
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Marcado pela riqueza e diversidade de seus produtos e serviços, o Brasil comemora nesta terça-feira (6), o reconhecimento de sua 100ª Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O registro para o barreado do Litoral do Paraná foi publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI), que divulga os atos oficiais do Instituto.

Das 100 Indicações Geográficas brasileiras, 76 são Indicações de Procedência (IP), na qual a região é conhecida por seu produto ou serviço, e 24 são Denominações de Origem (DO), em que o produto ou serviço possui características e qualidades decorrentes de fatores naturais e humanos. Tanto a IP quanto a DO são espécies da IG. Também estão registradas no INPI nove DOs estrangeiras. “Para o Sebrae, a Indicação Geográfica é um mecanismo para agregar valor, diferenciar o produto do pequeno negócio, acessar mercados de nicho e desenvolver as regiões”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

O 100º registro ocorre exatamente 20 anos depois do primeiro, que foi para os vinhos do Vale dos Vinhedos (RS), reconhecido em 2002 como IP. O Sudeste é a região brasileira com mais IGs (35), seguido pelo Sul (32), Nordeste (17), Norte (12) e Centro-Oeste (4). Entre os estados que possuem mais registros, destacam-se Minas Gerais (16), Rio Grande do Sul (13) e Paraná (12).

As IGs envolvem 64 produtos agroalimentares, 20 produtos não-agroalimentares, 15 vinhos e destilados e um serviço. Os produtos com mais Indicações Geográficas no Brasil são: café (14), artesanato (12), vinhos ou espumantes (12) e frutas (12).

Saiba mais sobre o barreado do Litoral do Paraná

Reconhecido nesta terça-feira como IG, na espécie Indicação de Procedência, o barreado é um produto típico do Litoral do Paraná, feito à base de carne bovina cozida exaustivamente em uma panela hermeticamente fechada com goma de farinha de mandioca, de acordo com a tradição originária dos Açores, em Portugal.

Passado um tempo mínimo de oito horas de cozimento após a fervura, produz-se um resultado único, com a carne macia e desmanchando-se, devendo ser servida, usualmente, com farinha de mandioca branca e banana da terra, segundo a documentação apresentada ao INPI.

Embora o barreado seja produzido e degustado há mais de 200 anos em toda a região do Litoral do Paraná, as comprovações apresentadas ao INPI demonstram que sua notoriedade se relaciona diretamente aos municípios de Antonina, Morretes e Paranaguá, que, devido à sua proximidade, cresceram de forma entrelaçada, gerando o compartilhamento de elementos culturais e tradições.

O tropeirismo é uma dessas tradições, essencial para o desenvolvimento da economia e do povoamento do Paraná como um todo, mas que, na região litorânea, favoreceu ainda a gênese e a afirmação do produto como típico dos três municípios mencionados.

Localmente, o barreado é considerado mais que uma iguaria, sendo um produto resultante da manifestação gastronômica da cultura da região, presente em festividades como casamentos, batizados e aniversários, bem como nas festas comunitárias e religiosas, de acordo com a documentação enviada ao Instituto.

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