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As franquias se tornaram um modelo de negócio bastante comum no Brasil. Projeção recente da Associação Brasileira de Franchising (ABF) aponta que o setor deve crescer 9% em 2022. No entanto, os segmentos que lideram essa expansão costumam ser os tradicionais, como alimentação, beleza e moda. Mas você já imaginou abrir uma franquia de energia solar?

A ideia inusitada fez a cabeça do empresário Ronaldo de Souza Ramos, à frente da RR Energia Solar Fotovoltaica, que há um ano atende clientes no município de Caieiras e na grande São Paulo. “Eu tinha uma mina de ouro em cima da minha casa e não tinha percebido”, comenta o empreendedor, que já fazia uso de energia solar há dois anos e meio na própria residência.

Antes vendedor autônomo de medicamentos, Ronaldo conta que a pandemia o fez repensar sua ocupação profissional, bem como buscar outras fontes de recursos para complementar a renda. Depois de pesquisar muito, ele resolveu investir em uma franquia de instalação de equipamentos para energia solar fotovoltaica. Hoje, sua agenda de serviços é lotada.

Instalação de placas solares. Foto: Túlio Vidal/ASN.

Para Juliana Borges Ferreira, coordenadora do Núcleo de Energia na Unidade de Competitividade do Sebrae, as oportunidades de negócios para o mercado de energia solar são realmente muito atraentes. “É um mercado com baixa barreira de entrada, fácil de começar a trabalhar, pois a tecnologia dos equipamentos faz uma parte importante do processo. Ainda assim, o Sebrae tem trabalhado para preparar os pequenos negócios para alcançarem diferenciação com a gestão dos seus negócios como a Trilha Solar para Integradores de Energia”, explica Juliana.

Ronaldo Ramos faz parte de um contingente cada vez maior de empreendedores que resolveram investir em energia solar. Uma média de 450 novos negócios engrossam a oferta de serviços no ramo todo mês, aponta um mapeamento do Portal Solar. Mas o setor é diverso e abriga atualmente cerca de 20 mil empresas, entre distribuidores, revendedores, instaladores, projetistas, franquias, consultorias.

Há espaço para todos?

Os números traduzem o bom momento vivido pelo segmento, mas o mercado aquecido trouxe mais concorrentes para RR Energia Solar Fotovoltaica. “Eu percebi que houve um aumento na concorrência e não foi pouco. Cada dia surge uma empresa nova”, observa o proprietário.

“O que diferencia o meu empreendimento dos demais é a credibilidade, por ser uma empresa que pertence ao grupo Votorantim e que, na sua fundação, o objetivo era mostrar, apresentar e ensinar o que era a energia solar. E isso faz toda uma diferença. Nós não estamos lá só para vender painel solar. Estamos lá para vender solução, economia”, complementa.

A RR é uma franquia do Portal Solar que surgiu como produtora de conteúdo sobre energia limpa, tornou-se uma das maiores referências no assunto e agora também é uma franqueadora, com cerca de 175 unidades espalhadas no Brasil. “Estar em uma empresa como estou agora, que escolhi por ser uma franquia, traz muita segurança”, argumenta Ronaldo, que acredita ter espaço para todos no mercado.

Por ser uma atividade com baixa barreira de entrada, o segredo do sucesso, indica o empresário, está na fidelização. “Dou um mimo para o cliente, faço a instalação e, dentro de um ano, ofereço a limpeza gratuita. A cada três, quatro meses, dou um ‘alô’, vejo se está satisfeito, se a qualidade de vida dele melhorou. Procuro estar sempre em contato”, revela.

ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Dono da RR Energia Solar Fotovoltaica, Ronaldo afirma que encontrar mão de obra especializada ainda é um desafio. Foto: Túlio Vidal/ASN.

Legislação

No início de 2022, foi sancionada a lei para a geração própria de energia renovável no Brasil. O texto criou um marco legal estável e equilibrado para o uso de fontes limpas e sustentáveis, como a solar fotovoltaica, na geração própria de eletricidade em residências, pequenos negócios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos. No horizonte, empreendedores aguardam a definição do novo modelo de compensação de créditos de energia elétrica, cujas diretrizes do cálculo dos benefícios e custos da GD devem ser aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Na opinião de Ronaldo, as expectativas com relação às mudanças legais são positivas. “Ser taxado nunca é bom, porém, a partir do momento em que o segmento é taxado, há ônus e bônus. Poderemos exigir mais, porque ‘pagamos’ para usar a rede”, defende. “Hoje, por exemplo, eu não posso trocar um crédito de São Paulo com o Rio de Janeiro, mesmo tendo consciência de que é a mesma rede. Na prática, não teria por que não. A legislação nos dá direito de voz, de cobrar, uma vez que eu pago.

Para obter mais informações sobre o assunto, acesse a página Eficiência Energética – Sebrae.

Esta reportagem faz parte da 2ª série especial da nova Agência Sebrae de Notícias (ASN). Desde junho, o principal portal brasileiro voltado ao empreendedorismo está de cara nova: mais atraente e moderno, com navegação interativa e multimídia. O lançamento marca o aniversário de 20 anos da ASN e faz parte das ações em comemoração aos 50 anos do Sebrae. O novo projeto gráfico permite visualizar com facilidade os diversos conteúdos produzidos especialmente para o portal: notícias, séries especiais, podcasts, imagens e vídeos.

Leia amanhã a quarta matéria da série: “Escolhas sustentáveis movimentam a economia e outros setores da sociedade”.

ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias “Estar em uma empresa como estou agora, que escolhi por ser uma franquia, traz muita segurança”, argumenta o empreendedor Ronaldo Ramos. Foto: Túlio Vidal/ASN.
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