Freddy Rodrigues, proprietário da Padaria Santa Cecília, na baixada santista, que utiliza energia limpa, negociada com um fornecedor a 200km de distância e transportada pela CPFL. Foto: Túlio Vidal/ASN.
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Mesmo com todos os benefícios, muitos empreendedores ainda não estão familiarizados ou têm a falsa impressão de que a geração distribuída é uma prerrogativa das grandes empresas. Dono de duas padarias em Santos (SP), Fredy Rodrigues quase desistiu de apostar em energia sustentável. Demorou dois anos para que o empresário se convencesse de que realmente era uma escolha viável para o seu negócio.
Como depende da locação para as suas atividades, Fredy pensou que não conseguiria ter acesso a outro tipo de energia. Os custos iniciais para implementar o sistema solar também o desencorajaram num primeiro momento. Foi por acaso, ao ouvir em um programa de rádio sobre uma empresa proprietária de fazendas solares que geram energia para a rede de quase 30 municípios da região que o empreendedor decidiu dar uma nova chance e conhecer mais sobre o processo de geração distribuída.
Fredy procurou a empresa e fechou a parceria. “Sobre a instalação não há segredos. Aliás, não há instalação. A empresa apenas comunicou a CPFL Energia, que atende a cidade de Santos, que a Panificadora Santa Cecília passaria a utilizar a usina de energia da empresa contratada”, relata. E complementa: “então, na minha rede, não fizemos nada de mudanças”. A economia, segundo o empreendedor, varia de 10 a 15%.
Para a coordenadora do Núcleo de Energia na Unidade de Competitividade Nacional do Sebrae, Juliana Ferreira Borges, essa diversificação de oferta é imprescindível, principalmente para a pequena empresa. “Novos modelos de negócios surgem para que o mercado seja cada vez mais democrático”, afirma.
O mercado de geração distribuída no país aumentou exponencialmente nos últimos anos. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) sobre energia solar compartilhada mostram que, no acumulado desde 2015, o Brasil chegou à marca de 1.610 usinas solares que fornecem assinatura, com 5.635 consumidores (residenciais e empresariais) que assinam energia solar. Os números apontam ainda que mais 1,7 mil empregos foram gerados no setor.
Para obter mais informações sobre o assunto, acesse a página Eficiência Energética – Sebrae.
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O empreendedor Freddy Rodrigues, dono de padarias em Santos. Foto: Túlio Vidal/ASN.
Esta reportagem faz parte da 2ª série especial da nova Agência Sebrae de Notícias (ASN). Desde junho, o principal portal brasileiro voltado ao empreendedorismo está de cara nova: mais atraente e moderno, com navegação interativa e multimídia. O lançamento marca o aniversário de 20 anos da ASN e faz parte das ações em comemoração aos 50 anos do Sebrae. O novo projeto gráfico permite visualizar com facilidade os diversos conteúdos produzidos especialmente para o portal: notícias, séries especiais, podcasts, imagens e vídeos.
Leia amanhã a terceira matéria da série: “Tem até franquia! Modelo de negócio chega ao setor de energia solar”.