Mesmo no contexto de pandemia, as micro e pequenas empresas (MPE) de Goiás geraram 14,3 mil novas vagas de emprego no acumulado do ano. Só em setembro, os pequenos negócios goianos foram responsáveis por 6.671 postos de trabalho. Também se destacam na geração de emprego, Mato Grosso e Pará que criaram 18 mil e 15, 3 mil novas vagas respectivamente.
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Além dos três citados, Roraima, Tocantins, Acre, Maranhão e Mato Grosso do Sul estão com saldo de empregos positivos, o que significa que, mesmo diante da maior crise do século, esses estados criaram novos postos de trabalho em 2020. A média de novos postos de trabalho criados nesses estados é superior a 1 novo posto para cada 50 existentes no final de 2019.
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No Brasil, os pequenos recuperaram cerca de 443 mil empregos nos meses de julho, agosto e setembro, enquanto que as médias e grandes empresas (MGE) criaram apenas a metade dessas vagas (245 mil) no mesmo período. A análise feita pelo Sebrae, a partir de dados do Ministério da Economia, mostra que nos meses de agosto e setembro, os saldos das MPE foram 76% e 66% maiores que as médias e grandes, respectivamente. Considerando o acumulado do ano (incluindo os meses anteriores à chegada da Covid-19), os dados mostram que, entre demissões e contratações, as pequenas empresas tiveram um saldo melhor, com cerca de 40 mil demissões a menos que as MGE. No conjunto da economia, entre janeiro e setembro, o saldo foi negativo em 559 mil vagas.
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Para o diretor superintendente do Sebrae Goiás, Derly Fialho, os números demonstram a importância do pequeno negócio para a recuperação econômica. “Ao incentivar o empreendedorismo como forma de promoção do desenvolvimento econômico estamos oferecendo alternativas que possibilitem a redução das desigualdades. Quando um jovem, uma mulher ou qualquer pessoa decide ser dono do seu próprio negócio abrem-se as portas da independência econômica e da inclusão social. É por meio dessas pessoas que são gerados novos produtos, novos serviços, novos métodos de produção e novos mercados”, reafirmou.
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Carlos Melles, diretor do Sebrae Nacional, diz ainda que a pesquisa confirma um comportamento histórico já observado a respeito dos pequenos negócios: a resiliência e a capacidade de recuperação desse perfil de empreendedores. “As micro e pequenas empresas são o motor da economia. Para sairmos mais rapidamente da crise, será fundamental continuar apoiando esses empresários. Isso passa por uma série de medidas, desde o apoio para que as empresas consigam digitalizar suas vendas até a ampliação da oferta de crédito, que é um oxigênio vital para manter essas empresas operando”, comenta Melles.
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Confira os números do emprego
• Nos meses de março a junho, as micro e pequenas empresas demitiram cerca de 1 milhão de trabalhadores. No mesmo período, as médias e grandes encerraram 605 mil postos de trabalho.
• Entre julho e setembro, os pequenos negócios admitiram 445 mil pessoas, enquanto as médias e grandes abriram 245 mil vagas.
• No acumulado, entre janeiro e setembro, as micro e pequenas demitiram 294 mil pessoas, contra 333 mil demitidos nas médias e grandes.
• A Administração Pública gerou saldo positivo de 13,4 mil vagas em 2020
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