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ALI 15 anos: programa comemora 450 mil pequenos negócios acompanhados em todo o país

Iniciativa do Sebrae se prepara para alcançar os pequenos negócios de países africanos de língua portuguesa
Por Redação
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Nos últimos 15 anos, mais de 450 mil pequenos negócios brasileiros foram impactados pela atuação dos Agentes Locais de Inovação (ALI) do Sebrae, em mais de 3,5 mil municípios por todo o país. Os investimentos no período já alçaram mais de R$ 450 milhões. Para 2024, o programa promete aumentar em 10% o número de agentes que atualmente já somam aproximadamente 1,7 mil. Além disso, a metodologia ALI será compartilhada com países africanos da comunidade lusófona como Angola e Cabo Verde.

Os resultados expressivos do programa ALI foram apresentados durante o evento de comemoração que teve início nessa terça-feira (5), em Brasília, com a presença de representantes do Sebrae nos estados e DF. Na ocasião, o gerente de Inovação do Sebrae Nacional, Paulo Renato Cabral, destacou que a iniciativa vai continuar se aprimorando para ser cada vez mais eficiente para os pequenos negócios no país.

O gerente de Inovação do Sebrae Nacional, Paulo Renato Cabral. Foto: Larissa Carvalho.

Vamos aumentar o número de Agentes Locais de Inovação em campo, com mecanismos mais refinados para as ações, com a perspectiva de criar novos ALI específicos para cada um dos nichos de mercado.

Paulo Renato Cabral, gerente de Inovação do Sebrae Nacional.

Criado pelo Sebrae, o ALI é o maior programa de extensão tecnológica para implantação da inovação da América Latina. Atualmente é aplicado por meio de seis metodologias – Produtividade, Transformação Digital, Ecossistemas, Educação Empreendedora, Rural e Indicações Geográficas (IG).

Com atendimento in loco e gratuito, os empreendedores são acompanhados pelos agentes durante um período de seis meses para promover melhorias de gestão, com uso de soluções inovadoras de baixo custo.

Desde 2010, os ALI atuavam como bolsistas selecionados por meio de uma parceria do Sebrae com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A partir de 2021, passaram ser operacionalizados por meio das bolsas de inovação do Sistema Sebrae aprovados na política de inovação da instituição.

Resultados

Somente o ALI Produtividade, por exemplo, já contabilizou mais de 156 mil empresas acompanhadas, com apoio de mais de 1 mil agentes em campo. No último ciclo, no primeiro semestre de 2023, as empresas participantes obtiveram, em média, aumento de 24,8% de produtividade, e 11,1% de aumento de faturamento.

No encontro, o coordenador nacional do programa ALI, Jefferson Bueno, destacou que o papel do programa é promover a cultura de inovação das empresas, considerada aspecto essencial para o sucesso dos negócios.

Jefferson Bueno, coordenador nacional do programa ALI. Foto: Larissa Carvalho.

Queremos que a inovação faça parte do DNA dos pequenos negócios com a marca do ALI, sem que o programa perca a sua essência e seu propósito maior.

Jefferson Bueno, coordenador nacional do programa ALI.

De acordo com Bueno, uma das grandes novidades para o ano que vem é a internacionalização do programa para os países de língua portuguesa na África. A iniciativa será possível devido ao acordo de cooperação celebrado recentemente entre o Sebrae e o Instituto de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) de Angola.

Ele também anunciou a entrega do ALI Academy, em parceria com a Escola de Negócios Sebrae (Faculdade Sebrae e FATEC Sebrae), que será um repositório de artigos científicos produzidos a partir da experiência dos agentes. “É uma forma de valorizar esses bolsistas e dar vez e voz ao conhecimento deles”, disse o coordenador nacional do programa.

ALI como parceiro do desenvolvimento nacional

A celebração dos 15 anos do ALI também destacou a integração do programa junto ao Brasil Mais Produtivo, iniciativa sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), entre outros parceiros, como o SENAI e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). De acordo com o governo federal, a nova fase do Brasil Mais Produtivo vai investir R$ 2 bi para transformação digital de micro, pequenas e médias indústrias.

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