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Festival LED – Luz na Educação debate clima e educação empreendedora em Belém

Realizado pela primeira vez na região Norte, iniciativa gratuita da TV Globo teve parceria estratégica do Sebrae
Por ASN Pará
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O Sebrae foi parceiro estratégico da quarta edição do Festival LED – Luz na Educação – Edição Belém, realizado pela primeira vez na região Norte, nesta quarta-feira (27), no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas. Estudantes, professores e educadores participaram do evento gratuito, uma iniciativa da TV Globo e da Fundação Roberto Marinho, criada com objetivo de reconhecer pessoas e iniciativas que estão transformando o futuro da educação.

“É uma honra para o Sebrae ser parceiro deste projeto, que saiu do Rio de Janeiro e atravessou o país até Belém para conhecer nossas demandas e nossa cultura. Nós somos um Estado com muita potência e diversidade maravilhosa, temos um povo acolhedor, então agradecemos bastante por trazer essa discussão para Belém. Sem esquecer que nossa missão é potencializar os pequenos negócios e somos o Estado que mais assinou carteiras de trabalho na região Norte”, destacou o diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, que participou da abertura do evento e representou o Sebrae Nacional.

Entre as pautas debatidas, também esteve a realização da COP 30, o maior evento de clima do mundo, que será realizado em Belém, em novembro de 2025.

O nosso principal objetivo é fomentar a potência do território, e quando olhamos para Amazônia, para a potência que ela representa para o mundo, falamos de biodiversidade, de liderança, e potência cultural. Então, entendemos que, sobretudo, há menos de um ano para COP 30, percebemos a importância da divergência de pessoas e parceiros para que possamos debater e pensar na sustentabilidade pelo viés da educação. Não dá para falar em metas sem tocar nesse pilar essencial que é a educação.

Bia Lima, supervisora de inclusão educacional da Fundação Roberto Marinho

Em sua primeira parada na região Norte do país, o Festival LED contou com cinco palestras e a presença de especialistas, educadores, empreendedores, artistas e entusiastas da educação. As reflexões foram voltadas para educação empreendedora, cultura e crise climática. A abertura do evento contou com a participação do Grupo de Carimbó Sururas e a Gang do Eletro.

As cantoras Fafá de Belém, Gaby Amarantos e Dona Onete participaram do evento, assim como as jornalistas Sandra Annenberg e Polianna Abritta, que ajudaram a conduzir algumas palestras. Estudante do segundo ano da rede estadual do Pará, Mateus Silva conta que resolveu participar do festival pela tarde, após as aulas. “Eu me inscrevi para assistir duas palestras devido ao tema, que achei interessante. A educação é uma coisa que eu gosto e pretendo seguir na área, talvez como professor de língua portuguesa”, contou ele.

Sebrae destacou a importância da educação empreendedora para potencializar o futuro de jovens. Foto: Carlos Borges

Oportunidades

O público do Festival LED lotou o Teatro Maria Sylvia Nunes para assistir à palestra “Uma geração que faz e acontece”, que contou a trajetória empreendedora de três jovens que viram na comunicação uma ferramenta de conhecimento e aprendizado.

“Fiz faculdade de Pedagogia e aprendi várias coisas, entre elas, apresentações de trabalhos. Então, aprendi a me comunicar melhor, a falar melhor, o palco e a câmera para mim são coisas fáceis. Tudo isso me ajudou a pensar além no empreendedorismo, e começamos a fazer o podcast em pequeno lugar, depois disso fui atrás de algumas marcas para patrocinar o projeto, que ficam em visibilidade no podcast”, destaca Thiago Max (Mítico), podcaster e youtuber, um dos convidados do festival.

Dentro das características da educação empreendedora, Ana ressaltou que a prática visa desenvolver habilidades, atitudes e conhecimentos relacionados ao empreendedorismo, principalmente no ambiente escolar.

Quando a gente fala em educação, falamos da preparação do ser humano, e isso é comportamental, então a educação empreendedora é sobre desenvolver habilidades e competências, que estão completamente ligadas ao comportamento. Se a gente trabalha a educação empreendedora como ferramenta universal de formação do indivíduo para que olhe o seu caminho e encontre projetos de vida inovadores.

Ana Rodrigues, gerente de Educação Empreendedora do Sebrae

Mediada pela jornalista Tainá Ayres, a palestra teve ainda a participação de Guilhermina Abreu, cofundadora e CEO do Embaixadores da Educação, e Natália Mapuá, ativista e diretora executiva da Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem).

“O empreendedorismo está ligada a forma de como você observa o mundo, então acredito que minhas principais habilidades são a criatividade e a inovação para trabalhar e potencializar a juventude, principalmente indígena”, pontuou Natália.

Educação empreendedora

A educação empreendedora também foi tema de outra palestra medida pela jornalista Poliana Abritta, da TV Globo. Os palestrantes debateram sobre as habilidades que os jovens precisam ter para focar no empreendedorismo, e como a educação pode ser uma importante aliada no desenvolvimento destas competências desde cedo.

“A escola precisa ser espaço de sonho, já que a escola é um espaço empreendedor, então, sempre achamos que o empreendedorismo é um local de ganhar dinheiro, mas também temos o empreendedorismo social, sobretudo na educação, e isso é algo que precisamos nas escolas. A educação empreendedora é um direito do aluno e precisamos potencializar isso”, disse Carol Campos, professora e advogada com mestrado em Políticas Públicas.

Trabalhando com robótica em projetos desenvolvidos em parceria com estudantes da rede estadual do Pará, o professor Rafael Herdy disse que a tecnologia é uma ferramenta para transformação da realidade. Ele foi o vencedor do Prêmio Educador Transformador 2023, categoria Ensino Médio.

Estamos vivendo um momento ímpar na tecnologia. Hoje nossos estudantes têm acesso a muitas tecnologias e oportunidades no meio digital. Por exemplo, hoje existem muitas carreiras na área, mas futuramente eles podem seguir carreiras que ainda nem existem, então a tecnologia pode e deve impulsionar esses estudantes. Então, o papel do professor é mediador e dar oportunidades, nunca podemos esquecer deste objetivo.

Rafael Herdy, professor

“Empreender é ter coragem. Quando comecei na internet as pessoas diziam que não ia dar certo, mas estou aqui hoje nove anos depois, então muito me entender como empreendedora social muitos anos depois, isso depois de vários projetos que fiz”, finalizou a influenciadora Thaynara OG.

Estande

O público que participou do evento pôde participar de dinâmicas e ganhar brindes no estande do Sebrae, montado na área da Estação das Docas. Voltado para educação empreendedora, o espaço também contou com um pequeno lounge para descanso do público após as palestras e oficinas.

“Gostei bastante do espaço porque foi bastante criativo, pois tivemos que participar de algumas dinâmicas para ganharmos os brindes. O evento está maravilhoso e a organização está de parabéns, assim como o Sebrae”, contou a estudante Paula Sousa, que participou do evento.

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