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MEI é a alternativa de 98% dos tatuadores que iniciam carreira empreendedora

Levantamento aponta que número de pequenos negócios no segmento aumentou 53,3% no comparativo do primeiro trimestre de 2019 e o mesmo período de 2022
Por Da Redação
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Tatuadores e profissionais de body piercing que pretendem ter seu próprio estúdio têm procurado a formalização do ofício por meio da figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI). Esse foi o caminho escolhido por 98% dos pequenos negócios do setor, nos primeiros três meses de 2022. Esse dado foi obtido a partir de uma análise do Sebrae sobre os números do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), relativos à atividade. Para se ter uma ideia do peso do MEI nesse ramo, a taxa de participação de microempreendedores individuais encontra-se em torno de 68%, considerando a média dos diversos segmentos econômicos.

Os números obtidos pelo Sebrae também mostram que apesar da crise, o segmento de tatuagem e body piercing tem sido resiliente e se mantido em expansão nos últimos anos. No comparativo do primeiro trimestre de 2019 e do mesmo período de 2022, houve um crescimento de 53,3% dos pequenos negócios do ramo. No caso do MEI, esse incremento chegou a 58%.

No geral, a abertura de pequenos negócios do ramo de tatuagem e body piercing concentram-se nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em São Paulo, o número de novos MEI cresceu 46%, passando de 405 para 592, no período mencionado. No entanto, em outros estados foi possível verificar aumentos ainda mais expressivos, como Santa Catarina, com crescimento de 150%; Distrito Federal, com 111%; Bahia, com 93% e Minas Gerais, com 87%.

Em Santa Catarina, por exemplo, no primeiro trimestre de 2019, foram registrados 59 novos MEI na atividade, enquanto no mesmo período de 2022, esse número foi de 148. Já em Minas Gerais, o número de novos MEI passou de 118 para 221 no mesmo intervalo analisado.

Visibilidade e impulsionamento nas redes sociais

Estudo sobre o potencial de mercado realizado pelo Sebrae Santa Catarina aponta que a demanda por tatuagens e body piercing nos últimos anos tem sido impulsionado pelo aumento do uso das redes sociais que dão visibilidade ao trabalho dos profissionais principalmente no Instagram e no Pinterest. Além disso, a insegurança e instabilidade provocadas pela pandemia da Covid-19 são considerados fatores que despertaram nas pessoas a vontade de realizar desejos do passado e proporcionaram a coragem para realizá-los.

A popularidade de tatuagens e body piercing também é refletida pelas pesquisas pelos termos na internet. Dados comparativos de julho de 2020 a julho de 2021 no Google Trends, ferramenta que acompanha a frequência de pesquisas por palavras ou tópicos no buscador do Google, indica que o tempo “tatuagem”, por exemplo, ficou acima da média da popularidade no período, alcançando 56 pontos. Entre os fatores que influenciaram o aumento das pesquisas destacaram-se notícias de tatuagens de pessoas famosas, como Anitta, Juliette e Padre Fábio de Melo, bem como interesse por informações sobre dieta de pessoas que fizeram o procedimento e orientações sobre o período de cicatrização.

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