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O que as startups procuram no Bossa Summit

De recursos a conexões, as empresas apoiadas pelo Sebrae têm suas metas particulares para o evento que termina nesta sexta-feira
Por Redação
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Um cheque de dois milhões de reais, simplesmente conexões, captar mais clientes… São muitas as metas particulares de startups que foram ao Bossa Summit, um dos maiores eventos de investimentos em negócios inovadores, que ocorre em São Paulo entre quinta e sexta-feira (23 e 24). A ASN conversou com donos de algumas das 180 empresas inovadoras apoiadas pelo Sebrae que estão no Bossa para saber, afinal, o que elas querem neste momento. Confira!

“Quero um cheque de R$ 2 milhões”, diz Ailton Pereira, da Aiper

Foto: Renata Mariz

Da graduação em moda, onde conheceu o problema da indústria com os pigmentos, para o mestrado em biotecnologia em busca da solução. Ainda como pós-graduando, Ailton Pereira começou a dar vida a Aiper, startup que trabalha com produção de biopigmentos para tecido ou cosméticos.

A pesquisa já mapeou 22 micro-organismos que produzem pigmentos, sendo que já estão em fase de testes quatro cores. Os biopigmentos substituem os corantes atuais, que são de origem mineral (exigem exploração da natureza) ou vêm do petróleo (tóxicos). Além disso, fixam melhor, demandam menos aditivos e tornam a água residual dos processos industriais mais fáceis e baratos de tratar, explica o CEO. Um dos desafios atuais é construir a planta de produção, que exige biorreatores de elevado custo.

“Estamos querendo um cheque de R$ 2 milhões”, diz Ailton, que pretende buscar também recursos fora do Brasil, pois considera que o caráter de sustentatibilidade do produto tende a ser mais valorizado no exterior. Ele conta que uma grande indústria têxtil do país já está fazendo testes com resultados promissores com os pigmentos da Aiper, que é apoiada pelo Catalisa ICT, programa do Sebrae.

“A quantidade de conexões que fazemos é impressionante”, diz representante da Giro.Tech

Foto: Renata Mariz

Carolina Poletto, head comerial da Giro.Tech, brinca que espera tudo do Bossa Summit, menos captar recursos – um dos pontos altos do evento. Para a startup que fornece infraestrutura regulatória e de tecnologia para outras empresas que querem ofertar crédito com o próprio capital, vale mais buscar contatos de potenciais clientes do que batalhar por investimento.

“A quantidade de conexões que se faz em um evento como esse é impressionante. Tem muita startup aqui que pensa que, para emprestar capital, precisa ter muito recurso, montar um banco, e nós estamos aqui para mostrar que não é bem assim. A gente acredita que qualquer empresa pode se tornar um banco no futuro”, afirma Carolina. A Giro.Tech já atende uma carteira de 55 clientes, entre eles redes grandes de varejo. A Giro.Tech é apoiada pelo Capital Empreendedor, programa do Sebrae.

CEO da ImaginaKIDS busca meta de “chegar a todos os estados do país”

Foto: Renata Mariz

O interesse da filha mais nova por celular inquietou Alionalia Lopes. “Eu ficava sem saber se autorizava o acesso, ao mesmo tempo em que havia o desejo de que ela usasse a tecnologia para algo saudável. Foi a partir daí que procuramos outros pais, a escola, e começamos a desenhar o que seria a ImaginaKIDS”, conta Alionalia. A empresa fornece a escolas uma plataforma por meio da qual as crianças constroem suas próprias histórias em livros. Ao fim, os exemplares impressos podem ser comprados e até render uma sessão de autógrafo do pequeno autor.

A ImaginaKIDS, que fica em São Luís (MA), já atende escolas de 15 estados, tem mais de 220 mil páginas impressas de livros escritos por crianças, conta com 15 profissionais na equipe e tem planos de expansão. Para tanto, Alionalia está no Bossa Summit com um objetivo principal: expandir a carteira de clientes para todos o país. “Queremos encontrar redes de ensino ou pessoas que conhecem essas redes para chegarmos a todos os estados”, afirma Alionalia. A empresa é apoiada pelo Startup Nordeste, do Sebrae.

DruGet: Em busca de recursos para automatizar análises moleculares

Foto: Renata Mariz

Lorane Hage Melim tem uma meta no Bossa Summit: quer aumentar sua rede de networking com outras empresas e participar de rodadas de negócios. Investimentos são importantes para dar um passo a mais na DruGet, startup de análise de segurança molecular e eficácia, um processo essencial para a indústria química de forma geral.

No lugar de fazer testes em animais ou células, basta que o cliente informe a estrutura molecular de interesse e a DruGet usa ferramentas computacionais para fornecer as análises solicitadas. A empresa, que já forneceu a clientes reais como processo de validação, agora quer escalar comercialmente o serviço oferecido. “O próximo passo será automatizar ainda mais os processos de análise”, diz Lorane, ao se mostrar determinada a buscar investimentos. A empresa é apoiada pelo programa Inova Amazônia, do Sebrae.

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