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Sebrae assina protocolo de intenções em prol do desenvolvimento das deep techs no Brasil

Compromisso inclui união de esforços com a Finep, BNDES, CNI, CGEE e ABDE para elaboração de proposta de política pública, com vistas ao apoio às missões da Nova Indústria Brasil (NIB)
Por Cibele Maciel
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Diante da crescente relevâncias das deep techs e seus ecossistemas, formados essencialmente por pequenos negócios de base tecnológica, o Sebrae assinou um protocolo de intenções com o objetivo de colaborar na construção de uma estratégia de política nacional voltada para o segmento, com vistas a apoiar as missões da Nova Indústria Brasil (NIB). A iniciativa ocorreu durante o Deep Tech Summit que acontece nesta terça-feira (12), no Complexo Inova USP, em São Paulo.

Além do Sebrae, o compromisso envolve a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e a Associação Brasileira de Instituições Financeiras e Desenvolvimento (ABDE).

As deep techs são startups com origem em pesquisas cientificas com elevado nível de inovação e potencial para dar respostas transformadoras a desafios locais e globais, no contexto da transformação tecnológica em diversas cadeias de valor.

Desde 2020, o Sebrae desenvolve o programa Catalisa ICT com a finalidade de acelerar negócios inovadores de base tecnológica, além de promover a aproximação de instituições acadêmicas e o mercado. Além de bolsas de fomento, os pesquisadores recebem capacitação em gestão, mentorias e acesso a serviços tecnológicos.

O Catalisa ICT é a prova de que o Sebrae acredita que é possível unir o conhecimento científico ao empreendedorismo. Somos instrumentos de política pública para que o país tenha um salto de desenvolvimento socioeconômico, a partir do fomento de pequenos negócios inovadores com soluções de alto valor agregado.

Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae.

O protocolo de intenções considera que as startups do tipo deep techs com sede no país demandam mecanismos de apoio específicos, tais como financiamento adequado, regulação, compras públicas e recursos humanos. Além disso, deixa claro que é necessário tornar explícito o apoio do governo, conjuntamente com as entidades da sociedade civil, às iniciativas das startups deep techs, tendo em vista incorporá-las ao sistema produtivo inovador do País.

De acordo com o documento, o próximo passo é a formação de um grupo de trabalho com representantes das instituições e entidades envolvidas para elaborar a proposta de política nacional capaz de estimular iniciativas ao incentivo, desenvolvimento, fortalecimento e suporte estratégico dessas startups no país. A Finep será responsável por publicar o protocolo de intenções no Diário Oficial da União em breve.

Deep Tech Summit 2024

Nos dias 12 e 13 de novembro, acontece o Deep Tech Summit em São Paulo, com a participação dos principais players do mercado de inovação para debater as possibilidades e desafios diante do mundo em acelerado ritmo de transformação. Com apoio de parceiros como o Sebrae, a realização do evento é feita pela Emerge, organização de referência na expansão das deep techs no país.

Dados divulgados em relatório realizado pela Emerge, na semana passada, apontam que existem atualmente 875 startups deep techs no Brasil, sendo 65% delas, localizadas no sudeste do país. O estudo também identificou que 50% delas são biotechs direcionadas ao agro ou saúde. Além disso, 70% das que captaram mais de R$ 5 milhões usaram recursos públicos.

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