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Presidente do Sebrae destaca o papel dos pequenos negócios no processo de neoindustrialização da economia

Décio Lima participou, nesta terça-feira (19), de seminário sobre a inovação promovido pela Financiadora de Projetos e Estudos (Finep)
Por Redação
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Garantir que as micro e pequenas empresas estejam inseridas no processo de neoindustrialização do Brasil. Foi o que defendeu o presidente do Sebrae, Décio Lima, nesta terça-feira (19), durante a abertura do primeiro seminário da série “Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas”, promovido pela Financiadora de Projetos e Estudos (Finep). O debate tem o objetivo de fornecer subsídios para a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que será realizada em junho do próximo ano.

Décio Lima ressaltou que é fundamental a inserção do setor no processo de inovação, que representa 94% dos CNPJs abertos, é responsável por quase 55% dos empregos formais e por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB). “A inovação é um grande desafio para o Brasil, pois ela deve produzir a inclusão de milhões de pessoas. Essa base dos pequenos negócios, que representa um ator fundamental na economia, não pode ficar para trás”, destacou.

O presidente do Sebrae também falou sobre a importância da integração do tema da inovação com a sustentabilidade e a inclusão. “Só o Brasil tem a Amazônia e a riqueza criativa do seu povo. Estamos diante de um acontecimento que nos traz responsabilidade de pensarmos o que esperamos para o futuro. Por isso, é importante que tenhamos claro que devemos estar juntos neste processo”, comentou.

Durante a sua fala, Décio Lima ainda lembrou a construção de um fundo garantidor de cerca de R$ 30 bilhões que deverá ser lançado no início do próximo ano. E destacou também a parceria com a Finep para a disponibilização de cerca de R$ 1,5 bilhão em créditos para o setor de inovação.

Os seminários temáticos de neoindustrialização promovidos pela Finep tratarão de 12 temas considerados relevantes sobre a contribuição da área de Ciência, Tecnologia e Inovação à desejada neoindustrialização. O primeiro deles, realizado na tarde desta terça-feira, é sobre biotecnologias e a nova indústria na Saúde. O presidente da Finep, Celso Pansera, apontou o novo momento para a ciência brasileira. “Tivemos um período muito duro no qual não conseguimos avançar. A ideia é a gente propor alguns eixos e sistematizar ideias em cima do sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação”, explicou.

O coordenador-adjunto da CNCTI, Anderson Gomes, reforçou que a conferência nacional depende dessa preparação. “Não são aqueles poucos dias que farão a diferença. O que vai ser importante é como a gente se preparou. Poderemos vislumbrar, do ponto de vista da ciência juntamente com a indústria, o que queremos para o setor”, apontou. Por sua vez, a secretária Executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial CNDI, Verena Barros, disse que este momento é único.

“Temos a oportunidade de pensar o nosso processo de desenvolvimento do país. Entendendo como ferramentas importantes e que estão sendo desenhadas, vão estar conectadas com as políticas públicas. Esse debate contribuirá para os avanços na política industrial. Devemos entender que é parte de um processo que olha para a necessidade das pessoas com o propósito de ser um motor do desenvolvimento”, apontou.

A abertura do evento contou com representantes de diversas entidades ligadas ao tema como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); a Academia Brasileira de Ciências; a Confederação Nacional da Indústria (CNI); a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti); a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), entre outras.