A importância da bioeconomia como um ativo para o desenvolvimento do país foi o tema central, na tarde de quarta-feira (27), durante os debates do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que acontece em São Paulo. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a bioeconomia pode ser a chave para que o mundo encontre soluções sustentáveis que abranjam informações, produtos, processos e serviços em todos os setores da economia, levando o planeta a uma situação de maior equilíbrio, responsabilidade ambiental e inclusão social.
O painel “Bioeconomia e ativos do Brasil para promover a ecoinovação” reuniu especialistas, empreendedores e líderes de diversos setores, todos unidos em torno de um propósito comum: transformar a bioeconomia em uma força motriz para a sustentabilidade e o crescimento econômico.
O diretor-técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, participou do encontro, quando compartilhou sua visão e as estratégias da instituição para promover a inovação baseada na perspectiva de um país mais sustentável. Segundo Bruno, o Sebrae está comprometido com esse desafio.
Podemos contribuir muito, graças à nossa capilaridade e por uma especialidade crescente que a gente está ganhando, que é sermos um grande aglutinador de instituições.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Nacional.
Segundo o diretor, a instituição pode atuar nos mais diversos territórios e biomas e lá discutir quais são as vocações existentes, quem são as entidades presentes, dialogar com as comunidades e ouvir suas necessidades.
Bruno Quick destacou a demanda crescente por ecoinovação em todos os setores econômicos, desde as empresas de base tradicional até as empresas inovadoras. “Os pequenos negócios estão enfrentando pressões para se adaptarem rapidamente às mudanças em curso no planeta. Elas estão sendo demandadas cada vez mais por inovação, porque o que está acontecendo hoje no planeta pede respostas objetivas e rápidas”, enfatizou.
Segundo o diretor do Sebrae, a instituição está desempenhando um papel fundamental na promoção da bioeconomia no Brasil. “A organização agora orienta suas ações com base nos seis biomas terrestres do país e na Amazônia Azul, reconhecendo a importância estratégica dessas áreas para o desenvolvimento sustentável. No entanto, os desafios são consideráveis”, analisou Quick.
A Amazônia, por exemplo, abriga 25 milhões de brasileiros e brasileiras, tornando necessária a busca por um equilíbrio entre ações específicas e escaláveis. Além disso, é crucial desenvolver um novo modelo de desenvolvimento para a região, que difere do modelo de concentração tradicionalmente utilizado em outras áreas do país.
O Sebrae acredita que a chave para o sucesso reside na colaboração e na construção de redes. A organização está trabalhando ativamente para identificar vocações locais, estabelecer parcerias e trazer inovação para territórios onde é necessária. Eles estão unindo recursos financeiros, tecnológicos e científicos para resolver problemas específicos, enquanto mantêm um olhar atento às particularidades de cada região.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae.
Em sua mensagem final, Bruno Quick foi enfático sobre a necessidade de união de todas as esferas da economia: “Dá para fazer. A gente só tem que nos organizar e seguir juntos. Seremos capazes de chegar lá juntos”, concluiu. O Sebrae está comprometido em liderar essa transformação, aproveitando a bioeconomia como uma ferramenta poderosa para promover a ecoinovação, a sustentabilidade e o crescimento econômico do país.
Programação
Além dos painéis, que terão a participação de 22 palestrantes internacionais e 42 brasileiros, o Congresso com uma ampla área onde estão sendo expostas tecnologias e inovações das empresas patrocinadoras do evento. O congresso acontece até amanhã (28), na São Paulo Expo, em São Paulo (SP). Confira aqui tudo que ainda vai acontecer.