Foi dada a largada, nesta quinta-feira (4), em Boa Vista (RR), para o Amazontech 2025. Com área de 20 mil metros quadrados, espaço com expositores, mais de 130 palestras e mesas de debate ocorrendo simultaneamente, o evento realizado pelo Sebrae e parceiros é considerado um dos maiores da região na área de inovação. Na abertura, o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, deu a palestra magna “O novo modelo de negócios do mundo”. O evento segue até este sábado (6).
Na palestra, Bruno Quick contextualizou, com dados oficiais, as potencialidades da região amazônica e apresentou à plateia um trabalho que vem sendo realizado pelo Sebrae na região do Baixo Amazonas, incluindo as cidades paraenses de Santarém e distrito Alter do Chão, Mojuí dos Campos e Belterra.

Ele apresentou as bases de um novo modelo de desenvolvimento econômico a partir de três premissas: estímulo a startups para transformar biodiversidade em soluções inovadoras e sustentáveis, apoio a empreendimentos que utilizam insumos da bioeconomia prontos para serem escalados (sobretudo os urbanos) e suporte a negócios tradicionais ligados ao território e ao protagonismo comunitários para práticas mais verdes e resilientes e abertura de mercados.
“Os insumos com os quais trabalhamos neste modelo são diferentes do habitual. Sabedoria ancestral vira negócio? Vira negócio. Assim como soluções baseadas na natureza”, afirmou Bruno Quick.
“Nós entramos para aprimorar com design, ciência, processo, gestão, mercado, trabalho em rede. É um projeto-piloto que depois poderá ser aplicado a outros territórios, outros biomas”
Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae
Quick lembrou também de outras iniciativas importantes do Sebrae. Uma delas é a Oka Hub Incubadora da Floresta, lançada em Belterra (PA) no último mês, onde dez startups da floresta já estão sendo mentoradas. Outra incubadora que tem apoio do Sebrae é a Incubadora do Tapajós (InTap), liderada pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), por meio da qual outros dez empreendimentos participam, segundo Quick.
Ele citou os resultados de três anos do Inova Amazônia, programa do Sebrae que estimula negócios da bioeconomia, com 409 empresas incubadas gerando riqueza, 62% apresentando crescimento de receita e 31% expadindo internacionalmente. Segundo ele, é preciso lembrar que polos produtivos de sucesso, atualmente, tiveram anos ou décadas de investimento para se fortalecer, e com a Amazônia não deve ser diferente.
“Dá para fazer. É preciso trabalharmos verdadeiramente integrados de forma contínua. O que depender do Sebrae, pode contar conosco. E quem quiser se juntar a nós, será muito bem-vindo. A COP lançará luz sobre o que estamos fazendo, representando uma janela incrível de oportunidade“, disse Bruno Quick, ressaltando as missões que o Sebrae tem feito com investidores, empresários e agentes públicos à região do Baixo Amazonas em busca de parcerias.
O Amazontech 2025 tem programação variada e conta com a participação de empreendedores, pesquisadores, empresas e instituições públicas e privadas, além de convidados de países da América Latina. A programação inclui mais de 100 atividades, entre seminários, palestras, oficinas, rodadas de negócios, painéis, vitrines tecnológicas e expositores de produtos e serviços. A estrutura está montada no campus da Universidade Federal de Roraima, em Boa Vista.
Sobre o Amazontech
O Amazontech 2025 é uma realização do Sebrae Nacional, Sebraes da Amazônia Legal, Sebrae Roraima, Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima (Faperr), Embrapa e Universidade Federal de Roraima (UFRR). O evento conta com o patrocínio do Governo de Roraima, Eneva, Caixa Econômica, Finep – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, ZEG, Neria, Sistemа CNA/Faerr/Senar, Prefeitura de Boa Vista, além do apoio da GAO Tech, Trashin, Treeback, Embrapii, Caer e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).