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O Brasil tem mais de 124 mil farmácias espalhadas por todo o país. Desse universo, 83,7% são microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP). Somente até o último dia 30 julho, 5.814 novos pequenos negócios haviam sido criados nesse segmento. Entretando, mesmo com a grande quantidade de estabelecimentos, a avaliação é de que ainda há espaço para aumentar as vendas e conquistar mais clientes.
De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), em 2025, o faturamento total do segmento ultrapassará R$ 200 bilhões, com um crescimento contínuo impulsionado pela expansão das redes e pela crescente demanda por medicamentos e produtos de saúde – em 2024, o ramo já registrou um aumento de 14% no faturamento, que chegou a R$ 103 bilhões.
O Sebrae preparou uma série de dicas para os empreendedores que querem se destacar neste mercado tão competitivo. “Para trabalhar no setor farmacêutico, a pessoa tem que estar atenta à alta concorrência nas grandes cidades, mas, ao mesmo tempo, considerar o aumento da demanda. O envelhecimento da população, fatores relevantes relacionados ao sedentarismo, questões emocionais, por exemplo, geram demanda de medicamentos”, avalia a gestora de Competitividade do Sebrae, Consuelo Mello.
Considero que é um bom negócio abrir farmácias em cidades com a população menor, 100 mil habitantes, por exemplo, ou em bairros periféricos. Vejo como oportunidades de negócio, porque, assim, se consegue iniciar um negócio e amadurecer essa empresa, com uma concorrência mais adequada.
Consuelo Mello, gestora de Competitividade do Sebrae
Para Consuelo Mello, inovação é palavra de ordem neste setor. “O empreendedor precisa inovar oferecendo serviços, conveniências, diversidade de produtos, por exemplo, incluindo toda a questão da perfumaria e cosméticos. Hoje é comum ver pequenos alimentos, como barras de cereais, dispostos nas lojas. Isso é uma forma de inovar para faturar mais”, aponta a representante do Sebrae que orienta que as lojas devem também estar presentes no e-commerce e nas redes sociais.
“O empreendedor deve pegar essa questão do e-commerce e trabalhar a seu favor. É uma nova forma do empreendedor fazer que o seu produto chegue aos consumidores. Então, toda estratégia pensada em marketing digital, de divulgação do negócio e de facilitação da venda, é importante para aumentar o faturamento dessas empresas”, explica.
Outro ponto de destaque para a gestora é o planejamento necessário para o empreendedor alcançar resultado no pequeno negócio. Ela ressalta que o Sebrae oferece as soluções de gestão empresarial, de marketing, de aceleração de negócios e de inovação de forma presencial ou on-line.
“Eu sugiro sempre que o empreendedor deve colocar o projeto do pequeno negócio primeiro no papel e fazer bom um plano de negócio. Assim é possível amadurecer a ideia e pensar nos diferenciais, como localização, produtos manipulados, serviços para atrair mais pessoas e tornar os clientes fiéis, sistemas de entregas – delivery ou frota própria – programas de fidelidade, entre outras ações”, acrescenta.
Por fim, a especialista alerta sobre a escolha da equipe que vai trabalhar na unidade. “Os atendentes não podem ser pessoas sem treinamento, além do farmacêutico responsável que deve estar ali para fazer as indicações e validar as receitas. O atendimento deve ser altamente qualificado”, conclui Consuelo.
Reforço do Sebrae
A Drogaria Lagares, em Sanclerlândia (GO), a cerca de 130 quilômetros de Goiânia, tem se destacado com o apoio e orientação do Sebrae para o seu crescimento. O pequeno negócio é comandado há 10 anos, por Ricardo Bernardes Lagares e a esposa Letícia Ribeiro, que é farmacêutica.
Recebemos a orientação do consultor e iniciamos a atuar com o Instagram, que foi uma ferramenta primordial. De lá para cá a gente nunca deixou essa ferramenta. Crescemos muito e temos conseguido fazer muitas vendas por lá.
Letícia Ribeiro, empreendedora
Agora, pertencente à rede Farmácias Associadas, a drogaria cresceu ainda mais. “O Sebrae para nós foi um grande presente e abriu muitos nossos olhos, nossa visão. Com o tempo a gente deixou de ter medo, nos associamos à rede e de lá pra cá foi só sucesso, a nossa empresa cresceu muito. Então falo que o Sebrae foi um grande divisor de águas”, ressalta a farmacêutica.
