ASN Nacional
Compartilhe

Pequenos produtores de Cacau conquistam espaço no mercado japonês

Sebrae participa, nos dias 13 e 14 de abril, da inauguração do Pavilhão Brasil na Expo 2025, em Osaka (Japão)
Por André Luiz Gomes
ASN Nacional
Compartilhe

Os laços entre o Brasil e o Japão estão por toda parte. De São Paulo ao norte do país e chega até Amazônia. Localizada a quase 200 quilômetros de Belém (PA), Tomé-Açu é um pequeno município com pouco mais de 64 mil moradores que tem se destacado nos últimos anos pelas conquistas de uma colônia japonesa, que se estabeleceu na região há mais de 90 anos.

Isto porque os pequenos agricultores aprenderam a cultivar cacau em meio a outros frutos típicos da Amazônia brasileira, como o cupuaçu e o açaí. Pelo feito, o produto recebeu o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) e atualmente, por conta do seu diferencial de sustentabilidade, é exportado para o Japão, país de onde vieram os ancestrais dos atuais moradores.

2025 marca a celebração dos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão. Apesar das nossas diferenças culturais, em um aspecto há semelhanças: o espírito empreendedor. Como no Brasil, os pequenos negócios predominam no Japão. Lá, as pequenas e médias empresas (PMEs) representam 99,7% de todos os negócios e empregam cerca de 70% da força de trabalho.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

“Seja em São Paulo ou no Norte do país, os japoneses deixam suas marcas na resiliência e na força de trabalho. Tomé-Açu é considerada a terceira maior comunidade japonesa do Brasil e vem contribuindo para ampliar as oportunidades, cuidar do meio ambiente e gerar renda”, completa Décio.

Assim como o cacau da Amazônia, o Brasil vai desembarcar em solo oriental para criar mais oportunidades para empresas que atuam na bioeconomia e que têm a sustentabilidade como um dos pilares. Por isso, o Sebrae estará presente na Expo Osaka 2025, sob a coordenação da ApexBrasil, nos dias 13 e 14 de abril, para a inauguração do pavilhão brasileiro no evento que segue até 13 de outubro. São esperados mais de 28 milhões de visitantes na exposição que tem como tema “Desenhando a sociedade futura para nossas vidas”.

De acordo com o presidente do Sebrae, Décio Lima, a feira ressalta a importância dos pequenos negócios para a construção de um futuro mais próspero e sustentável. “O país com seus seis biomas – Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa – gera oportunidades para os pequenos negócios do país, que são 95% das empresas do Brasil. O primeiro edital do Inova Cerrado e Pantanal alcançou 330 iniciativas desenvolvidas por cerca de 4 meses. Para este ano, estamos planejando o lançamento do edital de tração onde 300 negócios serão acelerados. O empreendedorismo vem sendo aliado na Aliança Global contra a Fome, mostrando-se uma alternativa real para milhões de pessoas que vivem na informalidade”, afirma Décio Lima.

Sobre o Pavilhão Brasil

Ocupando uma área de cerca de 1.000m², dividida em dois edifícios, o Brasil leva para a Expo 2025 uma proposta inovadora de experiência interativa e tátil, na qual os visitantes serão tanto observadores quanto personagens da exposição. Com curadoria da cenógrafa Bia Lessa, o espaço vai destacar a cultura e a sustentabilidade do país e estima receber mais de 10 mil visitantes por dia. Ao longo do evento, o Brasil pretende reforçar seu potencial em diversos setores, projetando a imagem do país e promovendo parcerias internacionais.

A presença brasileira na Expo Osaka é ainda mais especial, pois 2025 marca a celebração dos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão. O país oriental é um dos principais parceiros do Brasil na Ásia, com uma relação bilateral reconhecida como ‘Parceria Estratégica e Global’ desde 2014. Segundo a ApexBrasil, o Japão é o 9º principal destino das exportações brasileiras e o 12º maior investidor no Brasil.

  • Bioeconomia
  • cacau