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Inflação de agosto tem o maior recuo em três anos. Resultado favorece os pequenos negócios

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,11% no último mês. Indicador é o melhor desde agosto do ano passado
Por André Gomes
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O mês de agosto registrou uma queda de 0,11% dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que verifica a inflação do país, foi divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontou um resultado de 0,37 ponto percentual (p.p.) abaixo do indicador verificado em julho (0,26%). Segundo o IBGE, este foi o primeiro resultado negativo da inflação desde agosto de 2024 (-0,02%) e o mais intenso desde setembro de 2022 (-0,29%). Para os pequenos negócios, trata-se de uma boa notícia, em especial diante da expectativa com as datas comerciais mais aquecidas do ano: a Black Friday e o Natal.

“Para os milhões de empreendedores brasileiros que acordam cedo todos os dias, investem nos seus sonhos e contribuem para o fortalecimento da economia do nosso país, gerando mais empregos, renda e inclusão. São homens e mulheres que nunca desistem. Produzem com a sua criatividade o seu próprio empreendimento”, comentou o presidente do Sebrae, Décio Lima.

O maior impacto para esse resultado (-0,14 p.p.) veio da queda na energia elétrica residencial (-4,21%). Também foram registrados recuos, em agosto, nos setores de Alimentação e bebidas (-0,10 p.p.) e Transportes (-0,06 p.p.).

“Apesar do recuo da inflação, o ambiente de custos, ainda pressionado, demanda atenção dos empreendedores na gestão de despesas fixas, que impactam diretamente a margem de lucro e limitam a capacidade de repasse de preços”, avalia o presidente do Sebrae.

Como os pequenos negócios devem agir diante da inflação?

A Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae preparou algumas dicas de como os pequenos negócios devem agir diante das variações de preços dos produtos e insumos:

1. Conhecimento

Empreendedores dos ramos de alimentação (como restaurantes, padarias e mercearias) tendem a ser mais afetados com a variação do preço dos alimentos. Conhecer a sua real situação financeira e elaborar estratégias contribui para evitar, quando possível, os repasses ao consumidor, que também sofre com a alta de preços.

2. Atenção

Invista no planejamento orçamentário, monitorando de perto os custos e margens de lucro. Nesse contexto, a boa gestão das finanças torna-se um diferencial competitivo. Coloque os custos em ordem de prioridade: a gestão financeira e o fluxo de caixa devem ser feitos com muita atenção.

A Planejadora Sebrae pode ser uma ótima aliada nessa atividade. Acesse: https://planejadora.sebrae.com.br/

3. Mudanças

A diversificação de fornecedores e a adoção de estratégias de precificação mais dinâmicas podem ajudar a mitigar os efeitos da inflação.

4. Negocie

Renegocie dívidas, preços com fornecedores, aluguéis, taxas e financiamentos com instituições financeiras, além de outros itens que pesam no orçamento da empresa.

5. Inovação

Programas de fidelização e diferenciação de produtos ou serviços podem contribuir para manter a clientela.

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