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Inflação abaixo de 4,5% fortalece ambiente para pequenos negócios e reduz riscos

Sebrae aponta que resultado é uma boa janela para planejamento de custos, com menor pressão sobre insumos e salários
Por André Luiz Gomes
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Mais uma boa notícia para a economia brasileira e para os pequenos empreendimentos. A projeção de analistas do mercado financeiro para a inflação do país em 2025 é de 4,46% – primeiro resultado abaixo do teto da meta fiscal para o país, que é de 4,5%. O resultado do Boletim Focus foi publicado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central do Brasil, que ouviu mais de 100 instituições financeiras na última semana. Para os pequenos negócios, além de ser um sinal positivo de controle dos preços no país, é uma boa janela para planejamento de custos, com menor pressão sobre os insumos e salários.

A inflação abaixo do teto é reflexo de uma economia que está dando certo, que fortalece o ambiente para pequenos empreendimentos, reduz os riscos de surpresas, aumenta o consumo e gera mais emprego e renda.

Décio Lima, presidente do Sebrae

A projeção de alívio veio acompanhada de um alerta. A economia brasileira apresentou retração de cerca de 0,9% no terceiro trimestre em comparação ao trimestre anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).

“Os pequenos negócios devem se preparar com o controle de custos, presença digital e uma boa gestão. O papel do Sebrae é apoiar essas empresas para que continuem resilientes e gerem mais inclusão”, afirma.

Foto: Divulgação

Orientações

Diante deste cenário, o coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, Giovanni Beviláqua, recomenda planejamento e atenção para os micro e pequenos empresários para continuar a faturar em um mercado mais competitivo.

1) Planejamento
É importante revisar orçamentos e cenários para 2025 com pelo menos dois planos, um mais otimista (inflação controlada + demanda regular) e outro mais conservador (inflação controlada + demanda fraca).

2) Negociar
As empreendedoras e os empreendedores devem atentar para negociar custos fixos, como contratos de aluguel, fornecedores, energia, entre outros, para ganhar flexibilidade caso as receitas caiam.

3) Liquidez
Evitar o endividamento elevado é palavra-chave para este momento. Se estiver interessado em adquirir crédito, é fundamental buscar linhas de financiamento com custo menor e utilizar capital próprio para cobrir eventual risco de baixa momentânea.

4) Investimento
Para conquistar mais clientes é necessário investir em diferenciação no mercado. Digitalização, oferta de valor, segmentação de clientes e experiência de atendimento podem fazer a diferença.

5) Atenção
Monitorar o mercado, ajustar o mix de produtos/serviços mais rapidamente e evitar estoques que pesem em uma fase de retração são ações importantes. Além disso, aproveitar os ventos favoráveis de uma inflação controlada e verificar se há espaço para repensar preços, melhorar margens ou investir em crescimento com cautela.

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