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“Golpe da selfie”: artimanha usada por criminosos oferece brindes em troca de suposta autenticação por foto

Nova forma de enganar a população é apenas um dos muitos golpes na praça; Sebrae orienta empreendedores com dicas de como se proteger
Por Márcia Lopes
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Um novo esquema criminoso tem feito vítimas no país – o golpe da selfie, como foi identificado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), tem trazido prejuízos para empreendedores e a população em geral. Segundo informa a instituição, nesse golpe, após descobrir dados pessoais, o bandido entra em contato com a vítima, mirando principalmente pessoas idosas, e diz que ela ganhou um benefício ou brinde – um dos artifícios mais usados atualmente é a doação de uma cesta básica mensal ou até um benefício extra previdenciário, que na verdade não existe.

Na sequência, o criminoso informa que para receber o benefício é necessário fazer uma selfie para algum tipo de comprovação. O bandido coloca uma fita isolante no celular ou tampa todos os campos para que a pessoa não perceba que está dentro de um ambiente bancário e prestes a fazer autenticação biométrica para uma operação de crédito. A Febraban alerta a população para jamais aceitar o pedido de um desconhecido para tirar uma selfie para receber qualquer coisa.

E o empreendedor com isso?

O Sebrae alerta que os donos de pequenos negócios devem ficar atentos ao aumento do número de golpes na época das férias de fim e início de ano, principalmente os digitais – e os microempreendedores individuais (MEI), em especial, tornam-se os alvos preferidos de criminosos nesse período. Boletos falsos, cobranças indevidas e propostas enganosas estão entre os mais aplicados. Saber como se proteger e conhecer as fraudes mais comuns ajuda a empreender com segurança. Na dúvida, a recomendação é buscar informações nos canais oficiais do Sebrae e do governo.

Confira abaixo os golpes e fraudes mais comuns:

1. Sites falsos para abertura de MEI

A formalização do MEI é sempre feita pelo portal Gov.br, de forma gratuita. Então, desconfie e evite qualquer oferta que fugir desse padrão. Os estelionatários usam o logotipo do Governo Federal para dar um toque de realidade à página da web e induzem o empreendedor a acreditar que é preciso pagar uma taxa para abrir a empresa. Existem, também, empresas que oferecem o serviço de assistência para a abertura do negócio, mas que cobram valores muito acima do mercado, tornando o processo caro e inviável.

2. Boletos de cobranças indevidas

Nessa modalidade de golpe, os fraudadores enviam cobranças indevidas por e-mail ou correspondência, como boletos de registro de domínio na Internet (endereço de site), por exemplo. Esses boletos geralmente vêm com o logotipo da Caixa Econômica Federal e com cobrança de valores baixos, além de uma observação indicando que o pagamento é facultativo. Também é comum o envio de guia da DAS-MEI para pagamento, contendo o logotipo do Simples Nacional e utilizando linguagem técnica para parecer legítimo. Eles ameaçam multar o MEI caso ele não faça o pagamento e oferecem apenas a opção de pagamento via Pix.

3. E-mails com solicitação de retificação

Fraudadores costumam enviar e-mails solicitando que o microempreendedor faça correções na Declaração Anual do Simples Nacional do MEI (DASN SIMEI), ou informando sobre pendências em sua declaração de Imposto de Renda. Eles aproveitam para incluir links e anexos maliciosos para infectar seu computador e obter acesso aos seus dados pessoais e bancários.

4. Cobranças de filiação ou taxas associativas indevidas

No contato, que costuma acontecer por e-mail, telefone, SMS ou WhatsApp, os golpistas dizem que o MEI deve um saldo referente a uma taxa anual associativa (tipo de taxa pago a associações comerciais ou empresariais) e envia uma forma de pagamento, como um código do PIX ou código de barras. Lembramos que o MEI não é obrigado a contribuir com qualquer associação que seja, a não ser que ele próprio, e depois de já ter constituído a empresa, voluntariamente, tenha decidido se associar.

5. Propostas de empréstimos

Caso você precise de linhas de crédito ou empréstimos, procure por empresas que já estão consolidadas no mercado. Tenha bastante cuidado na hora de fazer solicitações pela internet, certificando-se de estar no site oficial dessas empresas. Se possível, prefira solicitar pessoalmente. Algumas instituições financeiras e o próprio governo podem oferecer propostas de crédito a taxas menores. Entretanto, é recomendado que o empresário sempre desconfie de ofertas pelo WhatsApp, SMS ou redes sociais.

Se liga!

O Sebrae não envia mensagens solicitando qualquer tipo de pagamento, dados pessoais, confirmação de código via SMS ou e-mail. Nenhum colaborador da instituição vai entrar em contato para oferecer prêmios, auxílios ou vagas de emprego.

Antes de acessar qualquer site, verifique se há o símbolo de um cadeado antes do endereço, indicando que aquela página na web é segura. Além disso, tenha cuidado com sites que utilizam marcas conhecidas para passar credibilidade. Saiba também que o portal do empreendedor oficial do governo federal agora é chamado Portal do Empreendedor – Empresas e Negócios. Todos os portais do governo têm terminação “gov.br”, por isso, fique atento antes de realizar qualquer procedimento.

É importante lembrar ainda que a Receita Federal não entra em contato por e-mail sem o consentimento do contribuinte. Todas as comunicações são realizadas por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC).

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