Balanço realizado pelo Sebrae aponta que o Fundo de Aval da Micro e Pequena Empresa (Fampe) viabilizou, somente em 2022, aproximadamente 74 mil operações de crédito para pequenos negócios, superando a marca de R$ 4,3 bilhões – o valor representa 14% do montante total concedido pelo Fundo ao longo de seus mais de 25 anos de história.
No período de 2020 a 2022, o Fampe registrou um salto de mais de 240% na carteira de crédito garantido pelo fundo, contribuindo para que 211 mil clientes obtivessem financiamento para manter sua atividade e sua sustentabilidade.
Para 2023, a expectativa do mercado de crédito, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), é um aumento na oferta de 8,3% sobre os valores do ano passado. No entanto, mesmo com a tendência de alta, o número é menor do que os 14% contabilizados na comparação de 2022 com 2021. Ainda assim, Adalberto Luiz, coordenador do Núcleo de Garantias da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional, considera que a situação pode melhorar. “Esse cenário pode mudar de acordo com as estratégias que o governo federal e os bancos públicos vierem a adotar no segmento de pequenos negócios”, analisa.
Garantias para os pequenos
O Fampe é o fundo garantidor do Sebrae, que atua como avalista das operações de crédito para os pequenos negócios, desempenhando o importante papel de fornecer às instituições financeiras as garantias solicitadas, que muitas vezes esses empreendedores não dispõem. Criado em 1995, atualmente o Fampe conta com 22 instituições financeiras conveniadas, entre bancos comerciais, agências de fomento, cooperativas de crédito e fintechs.
“Historicamente, a falta de garantias é um dos maiores empecilhos para que os pequenos negócios obtenham crédito. Então, o uso do Fampe permite que o empreendedor consiga o crédito de que ele precisa para dar continuidade ao seu negócio, mas o crédito consciente, uma vez que o Sebrae disponibiliza orientação e capacitação aos clientes que obtém crédito com a garantia do fundo, minimizando, inclusive o risco da inadimplência”, explica Adalberto Luiz.