Começou nesta segunda-feira (28) em São Paulo a etapa final do Capital Empreendedor 2022, programa promovido pelo Sebrae para estimular o encontro entre startups das mais diversas áreas e potenciais investidores. Para esta 5ª edição, que segue até terça-feira (29), 936 startups se inscreveram, 360 foram pré-selecionadas para a mentoria e, nesta última etapa, as 60 mais maduras vão ser colocadas frente a frente com 120 investidores, quando terão a oportunidade de apresentar suas ideias e atrair capital para impulsioná-las.
“Foram 5 mil horas de capacitação. É um aprendizado de lado a lado, que proporciona uma maior aproximação entre essas pequenas empresas digitais e investidores em busca de negócios promissores”, afirma Caetano Minchillo, gerente de Capitalização e Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional (UCSF). A programação abriu com oficinas de preparação para as rodadas de investimentos, incluindo dicas para apresentação do Pitch – o que fazer e não fazer na hora da negociação – e orientações sobre como manter a relação com investidores pós-evento.
Desde a primeira edição, em 2018, o Capital Empreendedor já viabilizou R$ 185,2 milhões em investimentos em 195 empresas, o que representa R$ 1 milhão por empresa, valor considerável, segundo Minchillo, e que mostra a contribuição do programa para o desenvolvimento dos negócios digitais. “Ao longo das mentorias, treinamos os sócios das startups para saberem identificar o investidor que possa efetivamente impulsionar o seu negócio. É necessário entregar mais do que dinheiro, tem que entregar capital inteligente, o smart money”, explica Maria Auxiliadora Umbelino, analista de Capitalização e Serviço Financeiro.
A efetivação do investimento em uma startup leva de seis meses a dois anos, uma vez que o investidor também tem que avaliar se terá condições de ajudar o empreendedor no desenvolvimento do negócio e a se conectar com o mercado. “Em alguns estados, percebemos investidores olhando para as startups apenas como investimento de retorno, cobrando resultados. Esse investidor anjo despreparado sai perdendo, ao não dar suporte para a startup se desenvolver”, observa Auxiliadora.
Segundo ela, o empreendedor que mostra agilidade, é ativo e sintonizado com as dores do mercado tem a capacidade de virar a chave muito rápido se for preciso. Mostra persistência e resiliência nas dificuldades, mas esse perfil também deve ter cuidado ao escolher o investidor, como uma ferramenta fundamental para ser bem sucedido no seu propósito.