As startups selecionadas para participar da quarta edição do programa Capital Empreendedor vão passar por diversas mentorias até meados outubro deste ano. No momento, 58 startups dos estados do Paraná e Rondônia já iniciaram as mentorias, que incluem encontros individuais e coletivos com especialistas nos temas de Negócios, Comportamento, Vendas, Growth, Produtos e Dados e Governança. Com o acompanhamento dos mentores, os empreendedores desenvolvem métricas e ferramentas essenciais para amadurecer os negócios e as teses de investimento.
De acordo com analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Maria Auxiliadora Umbelino, espera-se que ao final das mentorias, o empreendedor esteja preparado para se apresentar para potenciais investidores. Segundo ela, o Capital Empreendedor prepara os empresários para se aproximarem e negociarem de forma estruturada com os investidores. “O programa traz conhecimentos sobre funcionamento do ambiente de investimentos, despertando no empreendedor o cuidado na escolha do investidor adequado para o momento em que a empresa se encontra, demonstrando que na relação com o investidor, a startup deve reconhecer a sua força, sua importância e seu papel preponderante para que o investimento possa se multiplicar e gerar bons resultados”, analisou.
Nesta semana, 70 empresas participantes da iniciativa nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Paraíba finalizam as etapas de workshop e oficinas de pitch. Já no início de agosto, 65 startups participantes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina também finalizam essas etapas, onde os empresários conhecem os principais mecanismos de funcionamento e critérios de decisão dos vários players do mercado, como investidores anjos, aceleradoras, plataformas de crowdfunding ou fundos de investimento, e ainda, recebem treinamento para se apresentarem para os investidores com as métricas e as informações relevantes de sua empresa durante os pitches. Enquanto isso, os empreendedores do Rio Grande do Norte e São Paulo se preparam para iniciar as capacitações das primeiras etapas.
Após as mentorias, as empresas que já passaram pelo funil da jornada seguem para a última etapa em São Paulo, quando participam do Circuito de Investimentos. Nessa fase são realizadas rodadas de investimentos com investidores convidados para a apresentação dos negócios, estreitamento e amadurecimento desse relacionamento com objetivo de receber aportes financeiros.
Foi durante a experiência do Capital Empreendedor que a startup Umentor, do Rio Grande do Sul, encontrou os insights necessários para um novo modelo de negócio capaz de atrair investidores. Apesar de pouco tempo no mercado, a empresa atende em torno de 150 clientes no país e tem 20 colaboradores. Neste mês, a empresa comemora a conquista de R$ 1,2 milhão em investimentos, a partir da seleção no programa de aceleração da Ventuir.
De acordo com o diretor de operações e produtos da empresa, Ismael Wimmersberger, a participação no programa foi crucial para o negócio. “Com todas as orientações e mentorias, verificamos que era preciso pivotar o nosso negócio para atender o mercado B2B. Se nós não tivéssemos participado do Capital Empreendedor nossa empresa já estaria fechada”, contou. O aporte financeiro será utilizado nos próximos meses para expandir ainda mais o negócio.
A startup catarinense Broadfactor, pioneira na disponibilização de plataforma digital de factoring colaborativa, também participou do Capital Empreendedor. Para o CEO da empresa, Ricardo Cury, o programa trouxe muitos aprendizados relacionados ao mundo dos negócios inovadores. Ele conta que durante o programa foi possível fazer conexão com alguns investidores que passaram a acompanhar o negócio mais de perto com o objetivo de investir. Neste ano, a startup também recebeu um aporte financeiro de quase R$ 1 milhão.
“O programa proporciona uma análise crítica muito profunda do negócio e, também, do empreendedor. Foi uma oportunidade de identificar os interesses dos investidores, reconhecer os pontos fortes e fracos da empresa, avaliar o que é mais interessante para os pitches, como escolher o investimento mais adequado ao perfil do negócio”, destacou Cury.
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