Mais de 8,6 milhões de pessoas saíram da faixa da pobreza entre 2023 e 2024 – e passaram a ter uma renda per capita familiar superior a R$ 694 mensais. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (3). Somado a isso, outras 1,9 milhão de pessoas também saíram da situação de extrema pobreza (renda de R$ 218 por mês).
A geração de emprego e renda observada, especialmente nas micro e pequenas empresas nos últimos anos, aliada ao grande estímulo ao empreendedorismo tem um papel fundamental no resultado.
Vivemos hoje em um Brasil fora do Mapa da Fome. A inclusão social, de renda e emprego, passa pelo empreendedorismo. As políticas públicas, promovidas pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, se refletem nas estatísticas econômicas, mas, principalmente, no bolso e na dignidade dos trabalhadores do país.
Décio Lima, presidente do Sebrae
Ele lembra que os pequenos negócios têm um papel fundamental neste anúncio. Isso porque, somente em 2024, mais de 1,2 milhão de empregos foram gerados no setor. A quantidade se assemelha aos que foram contratados e que estavam no Bolsa Família, de acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) – 1,27 milhão.
“O empreendedorismo vem revolucionando e transformando realidades Brasil afora. Em 2024, 99% dos empregos gerados pelo Caged foram ocupados pelo público do Cadastro Único. Gerando oportunidades e inclusão”, destaca.

Parceria entre Sebrae e MDS
A pesquisa do IBGE também apontou que, sem os benefícios de programas sociais, a proporção de pessoas na extrema pobreza subiria de 3,5% para 10% da população, enquanto a proporção da pobreza aumentaria de 23% para 29% em 2024. Além disso, em 2024, a pobreza foi maior entre os trabalhadores sem carteira assinada (20%) e por conta própria (16%).
Para apoiar esta parcela da população, o Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) assinaram um acordo que visa à integração de esforços para uma atuação articulada na promoção socioeconômica de famílias em vulnerabilidade social.
Entre as ações previstas está o compartilhamento de informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e do Programa Bolsa Família que vai contribuir com o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os pequenos negócios para o aprimoramento de políticas públicas.
O primeiro levantamento realizado a partir da parceria mostrou que um grande contingente de pessoas inscritas no CadÚnico tem decidido empreender após ingressar na plataforma. Do total de microempreendedores individuais (MEIs) que estão cadastrados, 55% (2,5 milhões) tiveram a iniciativa de começar a empreender após a inscrição.
Do universo de 95,3 milhões de pessoas inscritas, 4,6 milhões são MEI e mais de um terço (34%) já foi atendido pelo Sebrae ao menos uma vez entre janeiro de 2020 e julho deste ano. Este apoio da entidade tem dado resultado: os MEIs que estão no Cadastro e foram atendidos pelo Sebrae possuem maior percentual de empresas ativas (79%) em comparação àqueles não atendidos (62%).

