Inventário de emissões e transparência climática são termos cada vez mais usados quando se fala em desenvolvimentos sustentável e mitigação das mudanças climáticas. Mas você sabe o que eles significam? Estes e outros termos são explicados para os pequenos negócios conhecerem e se prepararem para a COP30, em Belém (PA).
O primeiro termo, inventário de emissões, se refere a um levantamento sistemático e cronológico que quantifica as emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de fontes e sumidouros em uma determinada área, seja ela local, nacional ou regional.
Esse inventário pode ser produzido por governos locais e nacionais, empresas, organizações não governamentais, organizações internacionais e multilaterais. Ele serve para monitorar a evolução das emissões, apoiar a elaboração de políticas públicas ou de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Esse inventário é uma ferramenta fundamental para:
- Identificar e quantificar as emissões de GEE: permite que a empresa saiba de onde vêm suas emissões, seja em processos diretos, em compras de energia ou na cadeia de valor.
- Definir estratégias de redução: com dados em mãos, a empresa pode estabelecer metas de redução, implementar medidas de eficiência energética e adotar tecnologias mais limpas.
- Comunicar resultados a stakeholders: o inventário é frequentemente divulgado em relatórios de sustentabilidade, demonstrando o compromisso da empresa com a transparência e a ação climática.

Transparência climática
A transparência climática é a prática de coletar, relatar e revisar informações relacionadas às ações e políticas climáticas, incluindo dados sobre emissões de GEE, medidas de mitigação, adaptação e financiamento climático.
O objetivo é garantir a responsabilização, confiança mútua e efetividade na implementação de compromissos climáticos, facilitando o monitoramento do progresso e a identificação de áreas que necessitam de aprimoramento. A transparência climática é uma ferramenta essencial para assegurar a implementação eficaz de ações climáticas para:
- Governança internacional do clima: no âmbito do Acordo de Paris, a transparência climática é fundamental para monitorar o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) pelos países signatários.
- Políticas nacionais e planejamento de investimentos: governos usam a transparência climática para orientar o planejamento de políticas públicas e investimentos sustentáveis.
- Setor privado e investidores: empresas e instituições financeiras adotam práticas de transparência climática para divulgar riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas.
- Sociedade civil e ONGs: entidades da sociedade civil utilizam a transparência climática para monitorar e cobrar ações efetivas de governos e empresas, promovendo a justiça climática e a participação pública nos processos decisórios ambientais.

Agenda Climática
Esta matéria integra a série de reportagens da ASN sobre o Glossário Agenda Climática, iniciativa do Sebrae que busca traduzir termos-chave, esclarecer conceitos, expressões e informações relevantes no universo da agenda climática.
Na visão do Sebrae, a melhor compreensão sobre esta pauta transversal contribui para a adaptação dos pequenos negócios e da sociedade aos desafios advindos das mudanças climáticas, impulsionando a economia verde e modelos de negócios sustentáveis em diversos setores.
O Sebrae na COP30
O Sebrae lidera movimento para posicionar as micro e pequenas empresas no centro da inovação sustentável. Com a abordagem da inclusão, levará à COP30 soluções inovadoras de MPEs que contribuem com a transição para a economia verde.