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Da terra aos negócios digitais: a jornada de Maria Conceição à frente de uma empresa de alimentos saudáveis

Com ajuda do Sebrae, empresária conseguiu entrar de vez no mercado on-line. História é um dos cases de empreendedorismo feminino que marca o aniversário da instituição, comemorado 5 de julho
Por Cibele Maciel
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No comando da ChefBrico, em Brasília (DF), a empresária Maria Conceição Campos reconhece que a caminhada empreendedora impõe desafios diferentes para as mulheres. “Mesmo que você tenha habilidades na condução do negócio, o mercado é muito desafiador para nós. As barreiras impostas são outras. A rotina diária é muito complicada. Você tem a sua empresa, mas também tem uma vida pessoal com muitas responsabilidades”, compartilha.

Antes de começar o pequeno negócio especializado em alimentação saudável, ela e o marido cultivavam cogumelos em uma área rural na região. Foi quando aconteceu o primeiro contato com o Sebrae, por meio do Empretec, treinamento intensivo de formação com metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) e realizado com exclusividade no Brasil pelo Sebrae.

O Empretec foi um investimento que eu fiz para entender o que é a vida empreendedora. Nem sempre isso é muito claro, principalmente para as mulheres que começam a empreender por necessidade. Foi um divisor de águas.

Maria Conceição Campos, empreendedora.

Produtos da ChefBrico se beneficiaram das dicas de marketing do Sebrae. Foto: Divulgação.

Logo depois, Maria Conceição se formalizou como microempreendedora individual (MEI) e começou participar de consultorias do Sebrae na área de produto, marketing e finanças. Ela sempre encontrou suporte da instituição em momentos significativos para o crescimento da empresa. “Depois da pandemia, o Sebrae foi importantíssimo para nossa entrada no mercado digital. Tivemos ajuda com a elaboração de um diagnóstico para atuar no e-commerce”, lembra.

Ela ressalta que encontrou no Sebrae uma rede de apoio tanto para desenvolver suas habilidades de gestão quanto para se fortalecer enquanto dona do próprio negócio. “Por meio do Sebrae Delas, eu tive contato com mulheres do Brasil todo. É um espaço onde é possível falar de empreendedorismo de uma forma leve, a partir das nossas vivências, compartilhando nossas dificuldades, mas também com motivação”, conta.

Foto: Divulgação.

Empreendedorismo feminino

Ao completar 53 anos no próximo domingo (5), o Sebrae reforça o compromisso de apoiar mulheres empreendedoras por meio do desenvolvimento de programas – como o Sebrae Delas, criado em 2003 – e outras ações que potencializem a força do empreendedorismo feminino brasileiro, a exemplo do programa Acredita Delas, lançado no ano passado em parceria com o governo federal para facilitar o acesso do público feminino a crédito.

Há cerca de um ano, o Sebrae criou uma unidade chamada “Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão”, para impulsionar ainda mais as mulheres de forma interseccional. A unidade abrange diversos grupos, como negras, LGBTQIA+, com deficiência, periféricas, com mais de 60 anos, entre outros. Nos últimos cinco anos, o Sebrae Delas atendeu quase 17 milhões de mulheres pelo Brasil, sendo quase 4 milhões de CNPJs de sócias ou proprietárias.

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