Acesse o Portal Sebrae
Está aberta ao público a exposição “Lírica, crítica e solar: artes visuais em Mato Grosso”, em comemoração aos 50 anos de atuação do Sebrae Mato Grosso. A inauguração aconteceu na noite de terça-feira (18), no Museu Nacional da República, em Brasília (DF). A exposição fica em cartaz até 11 de maio, na sala principal do museu.
Além de autoridades locais e nacionais, o espaço recebeu convidados para conferir as 238 obras expostas de 50 artistas do estado. O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou a diversidade das obras e a importância dos artistas em retratar a alma de Mato Grosso.
Nosso povo é um povo trabalhador, é um povo empreendedor, é um povo resiliente, mas é também um povo com a expressão da alma mais bonita do planeta.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
“Justamente pela construção cultural que nós temos, da tela à música, de tudo. O Brasil é de uma riqueza imensa da sua produção cultural e o Mato Grosso está dando uma lição, uma aula magna a todos nós de trazer esse momento aqui na capital brasileira”, complementou.
A diretora superintendente do Sebrae/MT, Lélia Brun, ressaltou a necessidade de mostrar o Mato Grosso para o país e o mundo. “Essa exposição é a prova do nosso compromisso com a valorização humana, com os setores do turismo e da economia criativa, cujas potencialidades são latentes em nossos ecossistemas”, conclui.
A exposição
“Lírica, crítica e solar” teve a curadoria de Divino Sobral e Laudenir Gonçalves, com assistência de curadoria de Rosana Schmitt e expografia de Guilherme Isnard. O evento conta com a parceria do Governo do Distrito Federal e do próprio Museu Nacional da República.
A iniciativa abre o calendário de celebrações pelos 50 anos do Sebrae/MT, que ocorre em setembro de 2025. O objetivo é oferecer uma nova perspectiva sobre a história do estado, retratada por meio da arte, para destacar as riquezas culturais de Mato Grosso. A expectativa é que cerca de 50 mil pessoas visitem a exposição.
O processo curatorial escolheu obras e artistas de oito municípios mato-grossenses, contemplando técnicas como pintura, aquarela, escultura, objetos, cerâmica, fotografia e documentário. As peças foram selecionadas a partir de 16 acervos, incluindo três institucionais, três comerciais e 10 privados.
As obras estão dispostas na exposição em sete núcleos temáticos: Ancestralidade indígena e indigenismo; A natureza: entre a pujança e a devastação; A presença da arte popular; Conexão com a religiosidade; A cidade de Cuiabá e a cuiabana; O povo mato-grossense e O grande Mato Grosso.
Homenagens
A exposição também presta homenagem a quatro personalidades femininas da história da arte em Mato Grosso: Aline Figueiredo, Dalva de Barros, Maria Lygia de Borges Garcia e Magna Domingos. Além disso, destaca a obra de Inês Correa da Costa, primeira artista mato-grossense a alcançar projeção nacional.
Vocês podem ver como nosso estado tem uma arte forte, contundente, sem ser aquela coisa caipira, coisa que nós sempre detestamos. Por isso que inventamos o Ateliê Livre, onde nós dávamos material de graça para os artistas que vinham nos anos 1970.
Aline Figueiredo, artista homengeada.
No total, 31 artistas vivos e 19 falecidos estão com obras exibidas. Grandes artistas de Mato Grosso nasceram nos ateliês livres, criados pelo governo estadual na década de 70, e pela Universidade Federal de Mato Grosso, que sediou o ateliê como braço educador do Museu de Arte e cultura Popular – Macp, no início da década de 1980, em Cuiabá.
*Com informações do Sebrae/MT.
