O café tipo arábica do município de São Sebastião da Grama (SP) é a mais nova Indicação Geográfica (IG) do país, na categoria Indicação de Procedência. Com esse reconhecimento, concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o Brasil chega à sua 124ª IG brasileira e à 17ª relacionada ao café.
O produto da região possui características cítricas marcantes, mantendo o equilíbrio e o sabor por um processo de cultivo em altitudes elevadas e maturação lenta. O Vale da Grama concentra cerca de 300 produtores em uma área de produção de 6.700 hectares, com produção média de 154 mil sacas mensais.
Essa é uma grande conquista para o Vale da Grama e vai ampliar a participação das origens controladas na produção nacional de café. A Indicação Geográfica vai agregar valor ao produto e proteger a cultura de plantio da região produtora.
Hulda Giesbrecht, coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae.
O registro de Indicação Geográfica atesta que um determinado produto ou serviço tem qualidades especiais graças à origem geográfica. Com as IGs, os produtos são mais valorizados e as regiões produtoras podem se beneficiar coletivamente.
Plataforma de rastreabilidade
Para fazer a rastreabilidade dos produtos com Indicação Geográfica (IG) deste segmento, existe a plataforma Origem Controlada Café. Esse sistema reúne e monitora dados sobre 15 IGs brasileiras de café, suprindo uma necessidade de mais de 100 mil produtores espalhados por 424 municípios. A partir dessa ferramenta, eles estão mais aptos a vender seus produtos internamente e para o mercado internacional.
Fazem parte da plataforma as seguintes IGs: Alta Mogiana, Campo das Vertentes, Canastra, Caparaó, Chapada Diamantina, Espírito Santo (conilon), Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Matas de Rondônia (robusta amazônico), Montanhas do Espírito Santo, Norte Pioneiro do Paraná, Região de Garça, Região do Cerrado Mineiro, Região de Pinhal e Sudoeste de Minas.