As pessoas com deficiência (PcD) movimentam mais de R$ 5,5 bilhões por ano no Brasil, de acordo com um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). São mais de 45 milhões de consumidores com algum tipo de deficiência motora, visual, auditiva ou intelectual, segundo pesquisa divulgada em julho deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC). Ainda assim, boa parte dos negócios do setor varejista ainda ignora as necessidades desse público. Pensando nisso, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais e o Procon Estadual, o Sebrae Minas criou o e-book Atendimento Inclusivo no Varejo. O material está disponível para download gratuito no site do Sebrae Play.
A publicação vai além de orientar os donos de pequenos negócios sobre questões estruturais e de alto investimento, ela traz dicas de estratégias e ações simples que podem fazer toda a diferença na experiência de compra das pessoas com deficiência, tanto no ambiente on-line como em lojas físicas.
As pessoas escolhem estar e comprar onde se sentem bem. Não se trata apenas de responsabilidade social. Além de ser obrigação, ter uma postura mais respeitosa e empática diante das individualidades de seus clientes também demonstra a imagem de um negócio mais responsável, contribuindo para a fidelização e atração de novos consumidores, além da construção de uma sociedade mais igualitária e inclusiva.
Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas.
A publicação também destaca a importância de uma equipe bem preparada para oferecer um atendimento diferenciado. O treinamento contínuo em sensibilidade e conscientização é fundamental para garantir que os colaboradores compreendam as necessidades dos clientes. Isso não apenas proporciona mais segurança e confiança dos consumidores, mas também impacta significativamente na sua satisfação.
“Cerca de 25% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, sendo necessário por parte das empresas atenção em alguns aspectos da relação de consumo, tais como na oferta, publicidade, informação, permitindo que esse consumidor exerça em plenitude sua capacidade de escolha”, destaca o coordenador do Procon Estadual de Minas (Procon-MG), promotor de Justiça Glauber Tatagiba.
O espaço físico também deve ser observado pelos empreendimentos. Ter um ambiente interno que ofereça mobilidade para que o PcD tenha autonomia de se locomover e acesso facilitado aos produtos é mais uma obrigação para os pequenos negócios, desde 2018, com o Decreto 9.405, em conformidade com o Estatuto da Pessoa com Deficiência. A norma determina que micro e pequenas empresas deverão, na relação com pessoas com deficiência, assegurar condições de acessibilidade ao estabelecimento e às suas dependências abertas ao público.
Conheça outras dicas destacadas pelo e-book Atendimento Inclusivo no Varejo:
- Treine os colaboradores
- Crie oportunidades de compra
- Ofereça produtos adequados
- Avalie o espaço físico
- Reavalie a comunicação
Para saber como implementar essas medidas na sua empresa acesse aqui.