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Inova Amazônia promove economia da floresta em pé em 8 estados brasileiros

Com apoio do Sebrae, empreendedores desenvolvem bionegócios inovadores, a partir do uso de insumos ativos da biodiversidade da Amazônia de maneira sustentável
Por Redação
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O Inova Amazônia, iniciativa do Sebrae, entra em fase final de aceleração de negócios inovadores ligado à bioeconomia em oitos estados brasileiros que compõem o bioma amazônico. Desde o ano passado, o programa tem apoiado a estruturação de pequenos negócios no Pará, Amazonas, Roraima, Amapá, Maranhão, Tocantins, Acre, Rondônia. A iniciativa atraiu empresários, potenciais empreendedores e pesquisadores de todo o Brasil para desenvolver negócios caracterizados pelo uso de insumos ativos da biodiversidade da Amazônia de maneira sustentável para gerar produtos ou serviços de alto valor agregado no mercado.

Após a primeira fase de pré-aceleração on-line, 230 projetos passaram para a segunda fase do programa em uma aceleração presencial. Entre os principais segmentos de atuação em bioeconomia dos negócios selecionados, destacam-se Agricultura e Pecuária (18%), Alimentos e Bebidas (14%) e Tecnologia de Informação e Comunicação – TICs (12%). Também seguem na aceleração MPEs nas áreas nos segmentos de Higiene, Perfumaria e cosméticos (7%); Fármacos e Fitoterápicos (7%); Química e Novos materiais (7%); Casa e Construção (6%) e Ecodesign (5%).

Além do apoio técnico do Sebrae, por meio de mentorias especializadas, eventos de conexão com o mercado e investidores, os participantes também receberam apoio financeiro por meio de uma bolsa sócio empreendedor, no valor de R$ 6,5 mil por mês para se dedicar integralmente ao programa durante seis meses. No último dia 30 de setembro, 27 projetos do Pará finalizaram a fase de aceleração presencial. Os empreendedores participaram de um demoday, com a realização de pitchs para uma banca de investidores parceiros do Sebrae, entre eles, João Kepler, considerado o maior investidor-anjo do Brasil. Os projetos dos outros sete estados seguem participando das últimas mentorias, com previsão de apresentação do demoday final para uma banca de avaliadores até o próximo dia 25 de novembro.

Finalizada a etapa de aceleração, os pequenos negócios seguem para a última fase com a internacionalização e oportunidade de participarem de missões internacionais. A primeira delas já está marcada com a participação de 16 empresas que vão embarcar para Portugal, onde vão realizar visitas técnicas para conhecer um pouco do ecossistema local de inovação lusitano e manter encontros com potenciais parceiros comerciais. Entre os dias 1 e 4 de novembro, os empreendedores também participam do Web Summit Portugal. Em dezembro, outro grupo com até 20 empresas participantes do Inova Amazônia deve integrar uma missão para Alemanha (5 a 13 de dezembro).

A analista de inovação do Sebrae Nacional, Valéria Schneider, destaca que o grande diferencial do Inova Amazônia foi atuar, praticamente de uma vez só nos estados da Amazônia Legal, onde inicialmente havia pouca integração das iniciativas. Segundo ela, também foi importante permitir a participação de interessados de todo o Brasil, com a condição de que o negócio teria que ser aberto em um dos estados, com o objetivo de promover o desenvolvimento local.

“Fizemos uma ação muito coesa e conectada com toda a região e hoje o Inova Amazônia é o maior programa de empreendedorismo e inovação em bioeconomia da Região. É possível perceber uma mudança na mentalidade dos empreendedores e dos empresários que, ao utilizarem os recursos da biodiversidade de maneira sustentável e inovadora para gerar negócios e, com isso, receita, acabam se tornando defensores da floresta. Eles se preocupam em manter a floresta em pé porque é o sustento deles”, ressalta.

Entenda o Programa

Incialmente foram selecionados 400 projetos, sendo 50 por estado, para a fase de pré-aceleração com duração de dois meses. Nessa primeira fase, de caráter eliminatório, os inscritos tiveram capacitações on-line e a oportunidade de demonstrar a viabilidade do negócio ou ideia de negócio do ponto de vista do grau de inovação em bioeconomia e a viabilidade de gerar impactos socioambientais positivos e relevantes para a sociedade, além de capacidade técnica e gerencial dos envolvidos nas propostas.

Ao final dessa etapa, 30 projetos de cada estado foram selecionados para a fase de aceleração presencial com duração de seis meses para estruturar o negócio e abrir uma micro e pequena empresa, como startups, na região da Amazônia Legal. “Nesse período, os empreendedores também receberam recursos financeiros por meio de bolsa sócio empreendedor para até dois sócios por empresa, no valor de R$ 6,5 mil por mês cada, para se dedicarem integralmente ao desenvolvimento do projeto.”