Acesse o Portal Sebrae
A transição verde “começa e termina com pessoas”. Com essa visão em comum, especialistas dos setores público e privado se reuniram nesta sexta-feira (14), na Blue Zone da COP30, em Belém (PA), para discutir as novas habilidades exigidas pela economia de baixo carbono. Ao longo do debate, houve consenso: os pequenos negócios são essenciais para impulsionar essa transformação, fortalecendo cadeias produtivas locais e promovendo a inclusão econômica nos territórios.
O Sebrae foi representado pelo diretor técnico, Bruno Quick, e pelo superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno. Quick destacou que a transição verde abre uma oportunidade inédita para consolidar um modelo de desenvolvimento sustentável e territorializado. “O mundo exige um novo modelo de desenvolvimento que tenha foco nas pessoas e nos territórios”, afirmou. Ele reforçou a necessidade de os governos e empresas reconhecerem o protagonismo dos pequenos negócios na bioeconomia.
Não se trata de uma simples adaptação, mas de uma mudança profunda. A bioeconomia engaja a sociedade e as instituições. Quando falamos de alimentação mais saudável, é o pequeno negócio que entrega essa transformação. Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae
O superintendente do Sebrae Pará, Rubens Magno, destacou o trabalho que a instituição tem feito no âmbito da bioeconomia ao longo da sua história. “Nós já vínhamos trabalhando com tudo isso, mesmo quando ainda não se falava de bioeconomia. Tenho convicção em afirmar que a solução dos nossos problemas, não só no Marajó, não só na Amazônia, não só no Brasil, mas no mundo todo, é o empreendedorismo”, comentou. “Nós treinamos nos últimos três anos cerca de 90 mil empreendedores para participarem da COP. Eu tenho certeza que a pauta ambiental tem entrado na veia dos pequenos negócios”, acrescentou.
De acordo com a diretora de Programas da Presidência da COP30, Alice Amorim Vogas, reduzir emissões é imprescindível, mas a implementação só será possível com o engajamento de pessoas e organizações. “As capacitações são essenciais e aí entram instituições como o Sebrae”, afirmou. Para Amorim, a partir desta conferência, empresas deverão rever processos, incorporar práticas de descarbonização e fortalecer uma cultura de sustentabilidade. “As escolas precisam ser diferentes; os alimentos precisam ser produzidos de forma diferente. E tudo isso depende dos empreendedores”, defendeu.
Carolina Grotera, diretora de programa do Ministério da Fazenda, apresentou avanços de iniciativas conduzidas em parceria com o Sebrae para identificar cadeias produtivas do futuro. “Mapeamos oportunidades em superalimentos, bioeconomia, biofármacos, bioinsumos, economia circular. Tudo isso abre caminhos para pequenos negócios, cooperativas e empreendedores”, explicou. O levantamento também identificou competências técnicas e profissionais necessárias para que essas novas carreiras prosperem nos territórios, além de apontar a urgência de investimentos em infraestrutura básica, como conectividade, energia, educação e logística, para viabilizar o crescimento sustentável e competitivo dessas cadeias.
O Sebrae na COP30
Com estande de 400 m² instalado na Green Zone, o Sebrae transforma sua presença na COP30 em uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. Além de vitrine viva de inovação e cultura, é um espaço de diálogo e network, com sala de reuniões, auditório e loja colaborativa de produtos da bioeconomia, conectando lideranças, investidores e empreendedores.
De 10 a 21 de novembro, das 9h às 20h, a programação combina conteúdo, cultura e sensorialidade, com atrações como webséries e documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, apresentações culturais, degustações e harmonizações com ingredientes regionais. O Sebrae também montou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone), no Parque Belém Porto Futuro, e trabalha em ativações urbanas e outros pontos de presença pela capital do Pará. Acompanhe a cobertura completa dos pequenos negócios na COP30 pela Agência Sebrae de Notícias.
