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Governo, entidades e sociedade civil discutem investimentos de R$ 180 bi para negócios de impacto ambiental e social

Comitê de Economia de Impacto tratou de plano de metas até 2032 e abriu consulta pública para contribuição da população
Por Redação
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Aumentar o número de startups e negócios de impacto que possam ajudar na solução de problemas sociais e ambientais. Esse é um dos objetivos da Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto), que teve o seu plano de trabalho até 2032 discutido entre 50 representantes do governo federal, do setor produtivo e da sociedade civil – o Sebrae é integrante do Comitê que trata da iniciativa. A proposta é chegar a 12,5 mil empreendimentos desse modelo e atrair R$ 180 bilhões em investimentos públicos e privados.

A aprovação do plano ocorreu durante a primeira reunião do colegiado que é presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A partir de agora, o plano de trabalho segue para consulta pública na plataforma Participa + Brasil. Os interessados poderão fazer comentários e sugestões até o dia 20 de novembro. Concluído o prazo, a equipe técnica da Enimpacto fará a análise do material coletado para posterior validação e conclusão.

As atividades de impacto são um ramo da economia que estimula empreendimentos com efeitos positivos para a regeneração, restauração e renovação dos recursos naturais e promove também a inclusão social. O Sebrae é líder no Grupo de Trabalho que trata sobre o eixo de aumento na quantidade de negócios de impacto. “A estratégia significa que hoje temos um olhar de políticas públicas para esse tipo de negócio, que resolve problemas socioambientais do Brasil. Com esse ambiente, podem surgir mais linhas de incentivo, recursos e programas direcionados para o setor”, destaca o analista de Inovação do Sebrae Philippe Figueiredo. “O Sebrae é um dos grandes atores que executam produtos focados nesse tipo de cliente. As empresas que passaram pelo Programa Inova Amazônia, por exemplo, podem se beneficiar muito dessa estratégia”, garante.

De acordo com o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, a intenção é voltar o olhar para o tema. “O objetivo é atuar, por exemplo, no reflorestamento de áreas degradadas, produzir biodiesel através do óleo de cozinha, resolvendo também problemas ambientais e gerando renda para as comunidades locais”, apontou.

Plano de ação

O texto que está em consulta pública detalha os macro-objetivos da Enimpacto, ações e metas para os próximos dez anos. Eles estão divididos em cinco eixos de atuação:

  1. Ampliação da oferta de capital para a Economia de Impacto;
  2. Aumento da quantidade de negócios de impacto;
  3. Certificação de toda a rede de aceleradoras incubadoras do país;
  4. Foco em 11 temas de regulação necessários para destravar a economia de impacto no país; e,
  5. Articulação com estados e municípios no fomento à Economia de Impacto.
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