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Estudantes vencedores do Desafio Inspira Tech desenvolvem soluções inovadoras para a indústria

Com apoio do Sebrae e do MEC, alunos da Educação Profissional e Tecnológica tiveram oportunidade de desenvolver novos modelos de negócios na temática da Economia 4.0
Por Redação
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Com projetos voltados para a criação de soluções inovadoras para segmentos, como indústria, serviços e agronegócio, os jovens participaram ao longo de seis meses de mentorias e palestras on-line destinadas a modelagem de negócios inovadores e criação de pitches. A iniciativa foi promovida pelo Sebrae em parceria com o Ministério da Educação (MEC) em uma competição de caráter educacional para jovens de todo o país. Os destaques na grande final foram estudantes dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Ganhadora do primeiro lugar no Desafio Inspira Tech, a equipe Reseplast de Guaporé (RS) apresentou uma solução para as empresas que trabalham no ramo de plásticos serigrafados. O projeto nasceu após visitas a uma indústria do ramo onde os alunos identificaram problemas para remover a serigrafia em produtos plásticos, gerando perda de material, além de riscos de acidentes de trabalho.

Durante a competição, os estudantes de aprendizagem industrial desenvolveram um plano de negócios para a comercialização de uma máquina removedora de serigrafia com valor de R$ 50 mil e lucros estimados em R$17,2 mil. De acordo com o grupo, a máquina está em fase de testes e ajustes finais. O próximo passo é patentear o produto para colocá-lo no mercado.

Para Lissandra Menezes, integrante da Reseplast, os conhecimentos adquiridos sobre empreendedorismo trouxeram uma outra visão do projeto. “Nas mentorias tivemos a oportunidade de aprender sobre empreendedorismo e aprimorar nossos conhecimentos sobre negócios, assunto que era totalmente novo para nós. A parte mais legal para mim foi descobrir como fazer dinheiro, ou seja, a monetização do nosso projeto”, comentou.

Tecnologia como ferramenta de gestão
Com o objetivo de melhorar a gestão dos processos de controle de acesso em oficinas de usinagem, a startup “No Acesso”, formada por estudantes do curso técnico de eletromecânica do Senai Celso Charuri de Sumaré (SP), alcançou o segundo lugar do Desafio. O grupo desenvolveu um software capaz de controlar os acessos a máquinas operatrizes e gerar relatórios de dados personalizados sobre a operação.

Além de estruturar uma estratégia de marketing para a venda da solução, os estudantes também propuseram dois tipos de modelos de negócios tanto para venda direta como venda recorrente. O estudante Gustavo Amaral, integrante da equipe, explicou que o projeto fez parte do trabalho de conclusão do curso técnico, a partir de pesquisas de campo.

“Como somos acostumados em desenvolver habilidades mais técnicas, o Desafio nos proporcionou um olhar do nosso projeto como um produto de mercado. Também foi importante para mim desenvolver habilidades de comunicação e síntese de ideias por meio dos pitches que tivemos que apresentar”, contou.

Segundo ele, o grupo pretende aprimorar a solução e buscar novas frentes de atuação do modelo de negócio, principalmente com apoio de incubadoras e outros parceiros.

Construção Civil Sustentável
Já os estudantes de Logística do Senai Firjan de Barra Mansa (RJ) ficaram em terceiro lugar no Desafio, com uma solução de logística reversa no ramo da construção civil. O grupo denominado Organic Constru apresentou o modelo de negócio para a comercialização de produtos que podem ser utilizados tanto para revestimentos, preenchimento e forros, como também para montagem de estruturas, a partir do reaproveitamento de materiais orgânicos, como a fibra do coco e reutilizáveis, como as garrafas pet.

Os produtos estão em fase de prototipação e o grupo pretende buscar investimentos para entrar no mercado da construção civil sustentável e para investir em pesquisas para aprimorá-los. Para a professora do Senai Firjam Michele Vieira, que acompanhou os estudantes no Desafio, é muito importante despertar nos alunos uma atitude empreendedora para resolver problemas complexos, desenvolver coisas novas e pensar “fora da caixa”.

“Durante a competição, eu percebi como essas habilidades empreendedoras vão ser o grande diferencial do perfil profissional desses jovens. Mais do que uma formação técnica, eles precisam desenvolver habilidades para lidar com as demandas do mercado”, destacou a educadora.

Premiação
Ao todo, 498 equipes se inscreveram gratuitamente para participar da competição, sendo que 93 passaram para a fase semifinal e nove delas foram selecionadas para participar presencialmente da última fase em Brasília (DF). Cada equipe é formada por três a cinco estudantes, acompanhados por um professor/mentor.
As três equipes vencedoras foram premiadas com uma viagem para participarem de visitas técnicas a centros de referência em inovação e tecnologia, em São Paulo, com todas as despesas pagas. A missão está marcada para os dias 20 a 24 de março.

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