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Sebrae orienta como pequenos negócios devem enfrentar momento de alta de juros

Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) aumentou a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano. Instituição destaca a importância do planejamento financeiro
Por André Luiz Gomes
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A alta da taxa básica de juros (Selic) anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) nessa quarta-feira (19) – subindo de 13,25% para 14,25% ao ano – exige mais planejamento financeiro dos pequenos negócios. Isso porque decisão impacta diretamente os custos de empréstimos e financiamentos requisitados por pessoas e empresas. Mesmo com a perspectiva de que o ciclo de alta esteja perto do fim, o empresário precisa estar informado sobre o cenário econômico, ter outras formas de financiamento e ajustar os produtos e serviços à demanda da população.

O primeiro passo para se preparar para este momento com juros altos é revisar seus planos financeiros para aproveitar futuras taxas mais baixas, considerando investimentos em expansão ou modernização. Giovanni Beviláqua, coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae, explica que para reduzir a dependência de empréstimos bancários, há outros caminhos de financiamentos a serem explorados, como crowdfunding ou investidores-anjo, as cooperativas de crédito e agências de fomento e desenvolvimento.

Não podemos esquecer os aspectos relacionados à educação financeira. Empreendedores devem estar atualizados sobre as tendências econômicas para tomar decisões com embasamento técnico.

Giovanni Beviláqua, coordenador de Acesso a Crédito e Investimentos do Sebrae.

“Pelo lado comercial, uma possibilidade a ser seriamente considerada pelos empreendedores seria oferecer uma variedade de produtos ou serviços, uma vez que isso pode ajudar a mitigar os efeitos de uma desaceleração econômica”, completa.

O coordenador do Sebrae enfatiza ainda a importância de um planejamento financeiro sólido, uma diversificação de financiamento e gestão eficaz de riscos. “Os empreendedores podem não apenas sobreviver, mas também se beneficiar de um ambiente econômico mais favorável no futuro”, aponta.

Alternativa

De acordo com levantamento do Sebrae, com base em dados do Banco Central, a taxa de juros em empréstimo para um microempreendedor individual (MEI) fica, na média nacional, mais que quatro vezes maior que a Selic. No caso dos MEI da região Nordeste, esse valor supera 51% ao ano.

Por isso, o Sebrae tem atuado junto ao governo federal, no Programa Acredita, para ampliar o acesso dos pequenos negócios a crédito. Por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), cerca de 30 instituições bancárias estão aptas a ofertar os recursos. Nos próximos três anos, está previsto o aval de R$ 30 bilhões em operações de crédito.

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