A inflação do país recuou no último mês. Isso significa que o valor dos produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras não cresceu tanto como no mês anterior e apontam um bom horizonte para os pequenos negócios, que têm seus clientes mais propensos a consumir. O resultado para o mês de maio foi de 0,26% – o que representa um resultado 0,17 ponto percentual inferior em relação a abril (0,43%).
Nos cinco primeiros meses de 2025, a inflação acumulada é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%. Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado da inflação acompanha os dados da redução do preço da cesta básica, que caiu em 15 de 17 capitais, além dos avanços do Produto Interno Bruto (PIB) que atingiu 1,4% no primeiro trimestre. Isso demonstra a política econômica acertada do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, que impulsionam a distribuição de renda para a população.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
“E nessa trajetória, os pequenos negócios são peça fundamental dessa engrenagem, porque geram mais de 60% dos empregos, ao mesmo tempo em que são beneficiados pela maior quantidade de recursos na praça. São homens e mulheres resilientes que acordam todos os dias para enfrentar um mercado voraz que não foi idealizado para eles, mas que decidem empreender e nunca desistem”, completa o presidente do Sebrae.
Décio Lima destaca que mesmo que com o recuo em maio, a inflação geral da economia brasileira continua sendo um desafio. Por isso, é importante cautela por parte dos pequenos negócios, pois custos como energia e transporte, ainda pressionam as margens de lucro.
Como os pequenos negócios devem agir diante da inflação?
A Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae preparou cinco dicas para que os pequenos negócios não repassem os custos para os consumidores e acabem perdendo seus clientes. Confira:
1. Conhecimento
Empreendedores dos ramos de alimentação (como restaurantes, padarias e mercearias) tendem a ser mais afetados com o aumento do preço dos alimentos. Conhecer a sua real situação financeira e elaborar estratégias contribuem para evitar, quando possível, os repasses ao consumidor, que também sofre com a alta de preços.
2. Atenção
Invista no planejamento orçamentário, monitorando de perto os custos e margens de lucro. Nesse contexto, a boa gestão das finanças torna-se um diferencial competitivo. Coloque os custos em ordem de prioridade: a gestão financeira e o fluxo de caixa devem ser feitos com muita atenção.
3. Mudanças
A diversificação de fornecedores e a adoção de estratégias de precificação mais dinâmicas podem ajudar a mitigar os efeitos da inflação.
4. Negocie
Renegocie dívidas, preços com fornecedores, aluguéis, taxas e financiamentos com instituições financeiras e o que mais pesar no orçamento da empresa.
5. Inovação
Programas de fidelização e diferenciação de produtos ou serviços podem contribuir para manter a clientela, mesmo em um ambiente de alta de preços.