Para aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, o governo federal anunciou, nesta quarta-feira (11), R$ 186,6 bilhões em investimentos na transformação digital do setor, entre recursos públicos e privados. Desse total, R$ 85,7 bilhões virão do setor produtivo . O setor público já destino R$ 42,2 bilhões e outros R$ 58,7 bilhões.
A iniciativa faz parte da missão 4 da Nova Indústria Brasil (NIB), que tem como meta de promover a digitalização de 25% das empresas industriais brasileiras até 2026, entre elas as de pequeno porte, com atendimento em tecnologias como serviços em nuvem, big data, robôs de serviço, internet das coisas (Iot) e inteligência artificial (IA).
Durante cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin detalhou um conjunto de ações com impactos no avanço tecnológico da indústria, entre elas, as ações do programa Brasil Mais Produtivo (B+P).
Ao fazer um balanço do atendimento (2023-2024), Alckmin destacou que mais de 33 mil empresas já foram atendidas pelo programa, dentre as quais 11.376 foram acompanhadas de forma virtual pela Plataforma da Produtividade e 22.166 nas modalidades presenciais do programa, que contam com o apoio do Sebrae, Senai, ABDI e Embrapii. “Nós vamos ajudar a pequena indústria a se digitalizar, reduzir custo e melhorar sua eficiência”, declarou o vice-presidente da República e ministro.
Foram anunciados ainda recursos de R$ 560 milhões do BNDES e Finep para o programa, sendo R$ 160 milhões para investimentos nas chamadas Smart Factories – frente estratégica dedicada ao desenvolvimento e à implementação de soluções inovadoras em indústria 4.0 – e mais R$ 400 milhões para Planos de Digitalização do Brasil Mais Produtivo.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, presente na cerimônia, os números positivos da economia expressam a retomada da industrialização brasileira dentro do processo de revolução digital dos processos produtivos em escala global.
O crescimento da indústria se revela claramente com a ampliação do crédito que, neste governo, já chega a um patamar de aumento de 271% para a retomada do processo de reindustrialização, dentro dessa visão moderna, no contexto desse novo mundo.
Décio Lima, presidente do Sebrae
Na ocasião, o presidente Lula assinou a Lei que incentiva a produção nacional de semicondutores. Serão R$ 7 bilhões por ano (R$ 21 bilhões até 2026) para estimular investimento em pesquisa e inovação nas cadeias de chips e eletroeletrônica, com aplicações voltadas para painéis solares, smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos associados diretamente à chamada indústria 4.0.