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COP 30 é oportunidade para o Brasil apresentar novo modelo de desenvolvimento ao mundo

Sebrae aposta em bioeconomia, inovação e sustentabilidade nesse processo
Por Redação
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Uma floresta de oportunidades. É dessa forma que a COP 30, que ocorrerá em 2025 em Belém/PA, tem sido vista pela população, gestores e empreendedores do estado. A espera pelo maior evento do mundo sobre sustentabilidade tem mobilizado diversos setores e instituições, inclusive o Sebrae, que busca dar protagonismo também para os pequenos negócios nesta agenda.

“O Brasil quer oferecer ao mundo um jeito novo de fazer desenvolvimento. Vamos mostrar agora um caminho para um novo modelo, receber bem as pessoas e mostrar que estamos rodando juntos”, afirma o diretor técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick. Nesse contexto, ele defendeu um olhar realista para o bioma. Segundo o diretor, 79% das pessoas que estão na região amazônica vivem em cidades. “Para termos uma solução para uma região tão rica em bioativos, precisamos desse olhar realista sobre como a estrutura urbana convive com a floresta.

É com essa premissa que o Sebrae tem buscado trabalhar maneiras de transformar esse potencial em desenvolvimento econômico, inclusivo e sustentável. “Gerando prosperidade com a floresta de pé”, garante. Pessoas, instituições e recursos são fundamentais para isso e o Sebrae entra na dinâmica com uma estratégia que ocorre em três níveis.

1 – Negócios tradicionais que impactam o meio ambiente

2 – Negócios tradicionais da bioeconomia

3 – Startups e negócios da bioeconomia

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“Precisamos fomentar um novo modelo de desenvolvimento na região, no bioma amazônico, a partir do aporte intensivo de inovação na bioeconomia”, comenta Quick. Para isso, um conjunto de ferramentas e iniciativas do Sebrae estão à disposição. A ideia é tornar os negócios tradicionais amigáveis ao meio ambiente, à sociedade e à cultura da Amazônia; fomentar a autenticidade, resgatar a originalidade e a essência local e conectar ciência e inovação à bioeconomia.

Bruno Quick considera que o modelo econômico que opera no Brasil é “importado”, basicamente urbano e industrial, o que não corresponde com a realidade do país. “Será que esse modelo não tem um limite para ser adaptado? A maioria de nós enxerga a natureza como um empecilho ao desenvolvimento, quando – na verdade – não é. O nosso programa Inova Amazônia está aí para provar isso”, diz.

De acordo com dados apresentados pelo diretor do Sebrae, o projeto já tem 2 mil inscritos, pré-acelerou 600 ideias de negócios; acelerou 409 empresas; tem 580 bolsistas; investiu R$ 7,3 milhões em aceleração e R$ 23 milhões de apoio financeiro. O Inova Amazônia nasceu para fortalecer a bioeconomia da Região e fomentar o crescimento econômico com inovação aberta, aliado à conservação ambiental. “Precisamos mudar a forma de ver as coisas e a partir disso mudar a forma de conduzi-las”, salienta.

Rubens Magno, superintendente do Sebrae-PA, também participou do painel destacando a COP 30 como uma grande oportunidade e ressaltando o papel do Sebrae na construção do que ele chamou de “processo integrativo”. “Vamos horizontalizar informações do que o Sebrae tem feito no Pará, na Região Amazônica, para que essa grande oportunidade seja algo que posicione o Brasil como um ponto de referência para o mundo”, afirma.

Ele também lembrou que é imprescindível mudar a consciência do planeta para difundir a compreensão de que investir em sustentabilidade fundamental. “Nós enxergamos que sustentabilidade ambiental é importante, mas que ela venha com sustentabilidade econômica, financeira e leve em consideração também os pequenos negócios”.

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