Cada vez mais o empreendedor brasileiro usa o celular para gerir a própria empresa. Segundo a pesquisa “Hábitos Financeiros dos Pequenos Negócios”, do Sebrae, 90% dos pequenos negócios acessam o aplicativo do banco no celular pessoal. Há 10 anos, esse número era de apenas 15%.
O uso do internet banking entre os pequenos empreendedores passou de 33%, em 2015, para 61%, em 2025. Já os canais presenciais, como caixas de banco e correspondentes bancários (como lotéricas), apresentam baixa utilização, evidenciando o progressivo desuso desse tipo de atendimento.
No levantamento de 2025, apenas 21% vão ao caixa do banco e 28% aos correspondentes bancários. Dez anos atrás, esse percentual era de 58% e 55%, respectivamente, consolidando uma tendência de digitalização do relacionamento bancário.
Confira os principais números da pesquisa:
Uso de aplicativo do banco no celular pessoal
- 2015: 15%
- 2022: 86%
- 2025: 92%
Serviços bancários na internet via computador (internet banking)
- 2015: 33%
- 2022: 59%
- 2025: 61%
Caixa eletrônico (dentro ou fora da agência)
- 2015: 72%
- 2022: 28%
- 2025: 35%
Correspondente bancário (exemplo: lotéricas)
- 2015: 55%
- 2022: 22%
- 2025: 28%
Caixa do banco (balcão do banco)
- 2015: 58%
- 2022: 14%
- 2025: 21%
O Nordeste tem mais empreendedores que usam correspondentes bancários, cerca de 37%, acima da média nacional de 28%. Já o internet banking tem adesão maior no Sudeste (67%) e no Sul (59%), mas menor no Nordeste (53%).
Segundo a pesquisa, homens ainda recorrem mais ao atendimento físico, enquanto as mulheres estão mais digitalizadas. Quanto maior a idade do empreendedor, maior é a dependência de canais físicos.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a digitalização dos pequenos negócios ajuda na adoção de novas tecnologias. “A maioria deles tem acesso a notebooks e praticamente 100% possuem celular com internet, com banda larga, inclusive. O acesso a esses equipamentos permite buscar serviços na internet, na rede, inclusive serviços bancários pelo celular”, analisa.
“O empreendedor brasileiro tem se digitalizado por meio de equipamentos, internet e inteligência artificial, embora ainda haja um espaço bom para avançarmos por meio de ferramentas e serviços mais sofisticados”, completa Décio.
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