Aumentou o número de empreendedores negros que utilizam ferramentas digitais para vender seus produtos e serviços. Dados da Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae e o IBGE em julho deste ano, mostram que 76% deles usam redes sociais, aplicativos ou internet para alcançar os clientes e fechar negócios. Em maio, esse percentual era de 69%. A partir dos números do levantamento, também pode-se afirmar que os empreendedores negros utilizam mais os meios digitais para vender do que os brancos (74%).
Apesar da grande presença dos empreendedores negros na internet, muitas pessoas desconhecem o impacto desses pequenos negócios na sociedade, gerando emprego e renda, por exemplo. Estima-se que o afroempreendedorismo brasileiro movimente R$ 2 trilhões por ano.
O empreendedorismo é uma ferramenta de inclusão social e produtiva no nosso país. Os negros representam 54% dos empreendedores brasileiros e os negócios criados por eles geram muitos impactos positivos, disponibilizando emprego e renda.Presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.
Visibilidade à força do empreendedorismo negro
A partir desta semana, as redes sociais do Sebrae iniciam a divulgação da campanha “O Negócio Tá Preto”, com o objetivo de reverter o aspecto negativo da expressão, ao criar um ambiente virtual de inclusão e valorização do empreendedorismo negro.
Ao longo da divulgação, nos próximos dois meses, vamos dar um novo sentido ao termo, de uma forma positiva e motivacional. Dizer que ‘O Negócio Tá Preto’ será afirmar que o negócio está fazendo a diferença, que é uma coisa boa. Além disso, vamos oferecer orientações e informação que atendam as principais dores do empreendedor negro. Analista de Comunicação do Sebrae Ana Carolina Soares.
Entre as ações previstas na campanha estão a participação de influenciadores negros que tratam de negócios e empreendedorismo, como Nina Silva , Jacira Doce, Hisan Silva e Maurício Bahia. As redes sociais do Sebrae também vão compartilhar histórias inspiradoras de empreendedorismo negro, bem como vão estimular a busca e identificação de negócios no Território Afroempreendedor, por meio de uma ferramenta de geolocalização. “Isso possibilita que um empreendedor negro marque o negócio dele na plataforma, dando mais visibilidade para o empreendimento dentro dessa espécie de mapa”, explicou a analista.