O Rio Grande do Norte retomou os envios expressivos de óleo combustível de petróleo bruto para o continente asiático, mais precisamente para Singapura. Em maio, foram exportadas mais de 68,8 mil toneladas do produto, que resultaram em transações comerciais da ordem de US$ 40,3 milhões, colocando o fuel oil na primeira posição no ranking das mercadorias mais exportadas pelo estado no quinto mês do ano. As remessas do derivado de petróleo refletiram diretamente no volume total das exportações potiguares, que somaram mais de US$ 60,66 milhões em maio. Cifras que representam uma alta superior a 234% no comparativo com igual mês do ano passado. Em relação a abril, o crescimento foi de 39,2%.
Os dados do comércio exterior estão na edição de maio do Boletim Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.
O aumento do volume de exportação foi influenciado pelo envio do óleo combustível, mas também por outras mercadorias que passaram a compor a pauta de exportação no mês. Entre essas comodities, estão itens graneleiros, como açúcar (US$ 3,50 milhões) e sal marinho (US$ 2,48 milhões) , cujas remessas para os Estados Unidos totalizaram US$ 8,7 milhões.
Juntamente com os mamões papaias, o estado chegou a enviar pouco mais de mil toneladas desses produtos para os países ibéricos Portugal e Espanha, o que equivaleu a um volume de US$ 1,33 milhão negociado. O destino das mercadorias também incluiu países sul-americanos, com exportações de tecidos de algodão para o Peru e a Colômbia, somando US$ 1,21 milhão aproximadamente.
Energias em alta
Não somente a venda, mas também a compra de mercadorias no mercado externo teve aumento no mês. As importações do estado cresceram quase 108% no quinto mês de 2023, atingindo um total de US$ 49,5 milhões. Isso porque a cadeia de suprimentos para a indústria de energias limpas continua em aquecimento no estudo, sobretudo a de energia solar fotovoltaica e equipamentos para o setor eólico.
Por isso, o saldo da balança comercial do Rio Grande do Norte em maio registrou o superávit de US$ 11,14 milhões, o segundo maior para o referido mês desde 2018, atrás apenas do ano de 2019. O saldo acumulado até agora chega US$ 97,15 milhões. As exportações acumuladas em cinco meses chegam a US$ 247,6 milhões, que são 9,8% menores que as registradas nesse intervalo no ano passado, quando o volume exportado chegou a US$ 274,5 milhões. O mesmo ocorre com o volume de importações acumuladas, que totalizam um montante de US$ 150,5 milhões em 2023. Isso representa uma redução de 7% no comparativo com o ano passado.