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Feira das Pretas ratifica empoderamento feminino no Festival Afrofuturismo

Evento reúne exposições de 19 empreendedoras negras de Salvador e RMS nos dias 29 e 30 de novembro no Pelourinho
Por Redação
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Promover o empreendedorismo como mecanismo de transformação social, ampliando e fortalecendo negócios liderados por mulheres negras da capital e Região Metropolitana de Salvador (RMS). Esse é o objetivo principal da Feira das Pretas, que acontece, em 2024, dentro do VI Festival Afrofuturismo nos dias 29 e 30 de novembro na Casa Sebrae, que fica na Praça Tereza Batista, no Pelourinho, em Salvador.

Dona da Casa da Preta, que trabalha com moda feminina há 10 anos, Iasmine Fernandes é uma das 19 expositoras presentes no evento. “As vendas sempre superam as expectativas, mas nosso objetivo principal aqui é se conectar com outras pessoas”, afirma. Para a empresária, participar de um movimento afroempreendedor é a realização de um sonho. “É preciso fortalecer essa conquista porque antes não tinha nada disso”, ressalta.

Para o coordenador de Negócios Inovadores do Sebrae Bahia, Tauã Reis, o Festival Afrofuturismo é mais que um evento, é um movimento capaz de aglutinar e de empoderar a população negra de Salvador e capacitá-la sobre as questões de inovação, tecnologia e empreendedorismo. “É muito importante que a gente esteja inserido neste contexto, trazendo ainda mais conhecimento, conexão e oportunidade para o nosso público”, destaca.

A psicóloga mineira Amanda Veiga, 31 anos, realiza pesquisas sobre saúde mental em povos quilombolas. Ela está em Salvador e participou do Afrofuturismo na Casa Sebrae. “Está sendo muito enriquecedor ouvir mulheres pretas falando sobre empreendimentos e a construção das suas trajetórias. Acredito que circular o dinheiro entre nós também é uma forma de cuidar da nossa saúde mental”, pontuou.

Roda de Conversa

“Afrofashion – A moda também é para pretas!” Esse foi o tema da Roda de Conversa que também aconteceu na Feira das Pretas, na Casa Sebrae, durante a manhã desta sexta-feira (29). Sob mediação de Edlene Alves, da Casa Criollas, empreendedoras baianas, do ramo de moda feminina, bateram um papo sobre suas histórias de vida. A fundadora da Baas Couture, Lorrani Baas, revelou as motivações no início do empreendimento. “Como uma mulher gorda, meu ponto de partida foi a necessidade de enfrentar a ditadura da magreza na moda”, disse. Participaram da roda ainda a fundadora da Negrif, Mada Negrif; e a curadora do Closet da Star, Maiara Lacerda.

Para a gestora do Sebrae Delas e Sebrae Plural, Taiane Almeida, a definição dos temas a serem debatidos no evento precisam contribuir com a gestão empresarial e com o desenvolvimento de habilidades socioemocionais para as mulheres pretas. “Trazemos pessoas que já têm renome no mercado baiano para que essas mulheres também se vejam na possibilidade de alcançar aqueles espaços e atingir o mesmo nível de sucesso”, explicou.

Programação

Ainda durante a manhã desta sexta-feira (29), Carolina Barbosa, representando a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), falou sobre as oportunidades e possibilidades de crédito para empreendedores negros na Bahia. “A maioria das pessoas pretas inicia um negócio a partir da necessidade. Ter uma linha de crédito para engrenar o negócio é um suspiro para o empreendedor”, disse.

À tarde, estavam previstas as exposições dos painéis Autoestima de Milhões; e Venda Todos os Dias. Além de outra Roda de Conversa, desta vez sob o tema Como estabelecer uma relação segura entre o Empreendedorismo & o Autocuidado, mediada pela jornalista Camilla França. E para encerrar o dia a palestra Influencie Para Vender Mais, com Iasmine Fernandes; e o desfile Feira Afro Bahia.

No sábado (30), a partir de 10h, está previsto o encontro intitulado Diálogos de Abundância, com mediação de Rose Rosendo; em seguida, o Painel Habilidosa na Gestão; e mais uma Roda de Conversa com o tema Fala Shark, mediada por Taise Santos.

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