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De fuzileiro a empresário: uma história de amor pelo sorvete

Pedro Amorim, dono da Amorito Sorvetes, conta como nasceu o negócio que hoje emprega 75 pessoas em Camaragibe
Por Vitória Vilela
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Pedro Amorim, de 36 anos, é empresário e proprietário da Amorito Sorvetes, uma indústria de picolés e sorvetes que distribui seus produtos em mercadinhos, restaurantes, lanchonetes e farmácias por toda a Região Metropolitana do Recife, Litoral Sul, Vitória de Santo Antão, Carpina, Paudalho, Goiana e João Pessoa, na Paraíba. A então Glacê Sorvetes passou a se tornar Amorito em 2015, para homenagear Laete Amorim, criador da empresa e pai de Pedro. Hoje, a empresa conta com 75 funcionários e, neste Dia do Sorvete – celebrado neste sábado, dia 23 -, a Amorito publicará em seu perfil do Instagram (@amoritosorvetes) receitas que falam diretamente sobre o negócio e mostram a sua diversidade, incluindo o sorvete frito e a torta de sorvete.

Laete Amorim começou a trabalhar em pequenas fábricas de sorvete aos 16 anos. A partir da experiência, idealizou o próprio negócio e montou a primeira loja em Campina Grande, no fim dos anos 80. Depois de voltar para João Pessoa, abriu barracas de calçada para vender sorvetes. A “fábrica” ficava nos fundos da casa da família, onde Sr. Laete guardava os materiais, fazia o sorvete e de onde era feita a distribuição.

“Meu pai não tinha funcionários, era, realmente, só a família que ajudava. Com 10 anos, eu lembro de fazer etiquetas com os sabores para colocar na tampa dos potes. Era o sorvete que colocava comida na mesa. O trabalho já estava no sangue da nossa família, são muitos anos de vivência e dedicação”, explica o empresário.

Pedro assumiu a empresa em 2010, pedindo desligamento das Forças Armadas, onde era fuzileiro. A partir daí, ele pôde tocar o negócio, o qual seu pai se dedicou por três décadas.

Tentei registrar a marca, mas não podia porque já existia outra com o mesmo nome Glacê Sorvetes. Foi quando decidimos prestar uma homenagem ao nosso pai e chamar de Amorito. Nosso sobrenome é Amorim e abreviando ele, a gente encontra amor. E foi aí que eu encontrei a Amorito. Fizemos essa migração e tivemos o apoio do Sebrae/PE, que nos ajudou a cuidar do marketing e refazer toda a identidade visual.

A empresa enfrentou diferentes desafios ao longo da sua jornada, seja ao criar departamentos, realizar contratações, gerir as finanças e lidar com a sazonalidade, já que o inverno é a época mais crítica do setor de sorvetes, quando as vendas chegam a cair 60%. A Amorito trabalhou em parceria com o Sebrae, onde fez diversos treinamentos, incluindo o curso de oratória para a equipe comercial e o curso de boas práticas e técnicas de vendas.

Segundo Pedro, os produtos da Amorito, cuja sede fica em Camaragibe, não são o seu único diferencial: “Temos uma logística eficiente, com o comercial focado no atendimento ao cliente. Além disso, sempre utilizamos matéria-prima de qualidade”. Quanto aos próximos passos, a empresa visa aumentar a participação no mercado e definir novos processos. “Hoje, a nossa indústria não oferece apenas produtos, mas soluções. O cliente quer comprar algo que atenda a sua necessidade e o deixe encantado. Então, o nosso objetivo é fazer o cliente perceber o valor agregado do que vendemos”, conclui o empresário.

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