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Encontro em Natal avalia os novos desafios para a 2ª etapa do projeto AgroNordeste

Sebrae, governo federal, parceiros e produtores discutem as ações prioritárias para a nova fase do programa durante o encontro nacional do AgroNordeste, que encerra hoje (17), em Natal
Por ASN RN
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Natal – As lideranças que estão à frente do programa AgroNordeste, executado pelo Sebrae, Governo Federal e parceiros, produtores rurais e representantes das principais instituições ligadas ao segmento no Brasil estão reunidos, em Natal, durante o Encontro Nacional do AgroNordeste. O evento começou ontem (16) e vai discutir estratégias e direcionamentos das novas ações previstas para serem implantadas na região até 2026. O encontro está sendo realizado na sede do Sebrae no Rio Grande do Norte e prossegue até esta quarta-feira (17). Essa segunda etapa do programa terá pela frente alguns desafios a serem superados, visando impulsionar o desenvolvimento e a sustentabilidade do agronegócio nordestino.

“Nós do Sebrae trabalhamos para preparar futuro. Como ainda não lemos os astros, a gente se baseia na ciência, que ainda não nos deu tantas respostas sobre o futuro. Estamos cheios de indagações, mas o que eu posso dizer é a tendencia no mundo virtual. Precisamos preparar nossos e micro produtores para esse universo digital, onde as coisas acontecem muito rapidamente”, acenou a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, durante o evento.

A diretora também falou sobre atenção ao empreendedorismo feminino no campo. Segundo Margarete Coelho, algo em torno de 70% dos sindicatos de produtores rurais e das cooperativas já tem mulheres à sua frente. “Então precisamos prepará-las. Esse é o papel do Sebrae, que já definiu como prioridade o apoio a mais as mulheres, principalmente as mulheres do agro, que estão fazendo um trabalho maravilhoso”.

Por isso, um dos desafios será criar oportunidades para as mulheres e a juventude rural, incentivando a participação ativa desses grupos no setor agrícola. Além disso, a ideia é buscar o aumento da cobertura de assistência técnica e extensão rural, fornecendo suporte e capacitação aos produtores.

Outro será a viabilização econômica e formalização de unidades de beneficiamento e processamento da produção, visando agregar valor aos produtos agrícolas e promover o crescimento das cadeias produtivas. Nesse sentido, é fundamental ampliar o acesso e a diversificação de mercados, permitindo que os agricultores nordestinos alcancem novos consumidores e expandam suas vendas.

A organização dos produtores também é uma prioridade, sendo necessário fortalecer as associações e cooperativas, incentivando a união e o trabalho conjunto. Além disso, é importante aumentar a proporção de propriedades tituladas, tanto para assentados quanto para não assentados, garantindo segurança jurídica e acesso a benefícios.

Durante o evento, a diretora Margarete Coelho alertou para os novos desafios do projeto na próxima fase. Fotos: Tiago Lima

Outro aspecto relevante é a estruturação das cadeias produtivas identificadas nos territórios nordestinos, promovendo o desenvolvimento sustentável das atividades agrícolas. Para isso, é essencial prover segurança hídrica nas propriedades, incluindo captação, uso e reuso de água, além de incentivar a conservação do bioma Caatinga e o manejo adequado dos solos, especialmente em regiões propensas à desertificação.

No âmbito da produção, é fundamental desenvolver produtos com qualidade e valor agregado, tanto de origem animal (como laticínios, peles, carnes) quanto de origem vegetal (frutas, fibras). Também é necessário estimular a manutenção de reserva alimentar animal, visando a convivência com a seca e o uso sustentável da Caatinga, além de melhorar a gestão e eficiência dos sistemas produtivos, promovendo a produtividade, a qualidade, a redução do impacto ambiental e a rentabilidade das propriedades.

A adoção de energia alternativa, em especial a solar, também é um objetivo a ser alcançado, visando a expansão do uso de fontes renováveis no campo. Além disso, é importante incorporar novas tecnologias de gestão, produção e monitoramento nas atividades agrícolas, permitindo um maior controle e aprimoramento dos processos produtivos.