O último dia do Case & Startup Summit 2020 foi marcado pela final do Desafio Sebrae Like a Boss, que neste ano se uniu ao Get In The Ring Global Competition, um parceiro global. A grande vencedora do duelo virtual de pitches foi a startup Digifarmz, do Rio Grande do Sul, que desenvolveu uma plataforma digital que faz recomendações inteligentes para produtores, agrônomos e consultores, reduzindo os erros de manejos agrícolas. Como parte da premiação, a startup brasileira vai representar o Brasil na final do Get In The Ring, que ocorrerá em fevereiro na cidade de Montreal, no Canadá. Além de ganhar as passagens e hospedagens pagas pela IE University, a Digifarmz também receberá duas sessões de mentoria em pitch internacional pela Startadora, outra parceira do evento.
Já o segundo lugar ficou com a startup AI Robots, de Minas Gerais, que desenvolveu uma plataforma de inteligência artificial para a otimização e predição de falhas em robôs industriais. A empresa ganhou acesso a uma ferramenta de mapeamento de mercados internacionais e uma vaga no bootcamp de internacionalização de startups da uGlobally.
A batalha final do Desafio Sebrae Like a Boss + Get in The Ring aconteceu em um ring virtual com a participação de oito finalistas, que foram selecionadas ao longo do ano durante outras competições, como o Demoday, Startup Day, InovAtiva, Women Entrepreneurship (WE) e seletivas do Like a Boss.
Todos os finalistas receberam um crédito até US$ 5 mil em serviços da AWS – Amazon Web Services e oportunidade de expor suas soluções nos estandes virtuais na Case & Startup Summit 2020. De acordo com a analista do Sebrae, Cristina Mieko, a seleção das finalistas não foi uma tarefa fácil. “Foi uma seleção muito criteriosa e com finalistas de alto nível”, declarou.
O fundador e CEO do Grupo Rede Mais, Rodrigo Paolilo, que é o organizador do Get in The Ring no Brasil, destacou a importância de manter a tradição do evento global mesmo diante de um ano desafiador. “Não poderia ter sido melhor nos unirmos ao maior evento da América Latina, que é o Startup Summit, para manter a conexão das startups destaque no Brasil e canalizar a possibilidade de internacionalização e conhecimento em um pacto global com iniciativas em outros países e ecossistemas de inovação”, ressaltou.
A dinâmica da batalha
As oitos finalistas (Ai Robots, Digifarmz, Hegia, Hublocal, Akintec, Automni, Mobiler e Predify) foram divididas em um chaveamento em quatro disputas eliminatórias com cinco “rounds”, onde tiveram 30 segundos para desenvolver o pitch sobre os temas: time, realizações, modelos de negócios e estratégias de mercado, resultados e projeções financeiras e tema livre. Antes disso, ainda tiveram 30 segundos para uma apresentação inicial. O vencedor de cada duelo foi para a seminal, quando tiveram um minuto para falar sobre os objetivos e estratégias em uma internacionalização. Já na última etapa, os dois finalistas tiveram um minuto para dizer por que deveriam ser o vencedor.
Após cada duelo, as startups passaram por uma sessão de perguntas e respostas de dois minutos com a banca formada por investidoras e especialistas. Os principais questionamentos foram sobre detalhes do modelo de negócio, números de faturamento, expectativas para crescimento no mercado nacional e internacional, desafios previstos, resultados já alcançados, entre outros.
Para a empresária Cristiana Arcangeli, que fez parte da banca e é conhecida como jurada do Shark Thank Brasil, a sessão de perguntas é um momento importante para que as empresas fiquem atentas às informações que são relevantes em um pitch. “Eu já participei da final do Get in the Ring, em Portugal, e é muito bom ver o desenvolvimento de todos depois de experiências como essa. Quem consegue vencer tem uma oportunidade de transformação. Então, eu espero que vocês tenham aberto os olhos para alguns pontos para que possam melhorar as apresentações no futuro, permitindo que nós conheçamos cada vez mais o negócio de vocês”, declarou.
Também participaram da banca de jurados a CEO da WE Impact, Lícia Souza; o cofundador da UGlobally, Rodrigo Olmedo e o CEO da Startadora, Vinny Machado.