A Brasil BioMarket, loja colaborativa organizada pelo Sebrae na COP30, em Belém (PA), fechou sua participação na conferência com números que surpreenderam até os empreendedores mais experientes. Somando as vendas realizadas na Green Zone, na En-Zone e na loja virtual, o espaço movimentou cerca de R$ 800 mil ao longo dos 12 dias do evento, desempenho que consolidou a iniciativa como uma das atrações mais visitadas, comentadas e fotografadas por brasileiros e estrangeiros.
Os corredores permaneceram cheios de visitantes interessados em produtos que combinam sustentabilidade, ancestralidade e tecnologia. Ao todo, foram expostos 1.135 itens de 250 pequenos negócios, reunindo o potencial produtivo dos seis biomas brasileiros. Biocosméticos à base de óleos amazônicos, sapatos e biojoias produzidos a partir do látex. Alimentos e bebidas regionais e peças de design inspiradas na fauna e flora brasileiras figuraram entre os destaques. Em diversos momentos, o estoque acabou, impulsionando encomendas e negociações para além da COP30.

Ao longo da conferência, marcas relataram aproximação com compradores institucionais, plataformas digitais, redes varejistas e potenciais investidores. Para muitos negócios, a participação funcionou como um “antes e depois” em visibilidade, conexões e abertura de mercado. A Brasil BioMarket operou simultaneamente em dois pontos estratégicos, a Green Zone e a En-Zone do Sebrae, ampliando o alcance e diversificando o perfil dos visitantes. “Essa estratégia fortaleceu a narrativa central do Sebrae na COP30: a economia verde como vetor real de desenvolvimento”, considerou o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick.
A diversidade da produção brasileira foi um dos grandes destaques, especialmente no contexto amazônico, onde o Sebrae atua de maneira intensiva na qualificação e na conexão de empreendedores. A Brasil BioMarket mostrou, na prática, como pequenos negócios podem transformar a biodiversidade em valor econômico, social e cultural, impulsionando cadeias sustentáveis e contribuindo para a transição climática.
Uma vitrine viva da bioeconomia brasileira
Até o último dia da COP30, 21 de novembro, a loja recebeu milhares de visitantes interessados em conhecer histórias de impacto e levar para casa produtos que traduzem território, cultura e propósito. A curadoria atraía desde consumidores comuns até autoridades, lideranças internacionais e formadores de opinião. O Sebrae, que atua na qualificação e conexão desses empreendedores, mostrou na prática como pequenos negócios podem transformar a biodiversidade em valor econômico, social e cultural, impulsionando cadeias sustentáveis e fortalecendo a transição climática.
Um exemplo vem de Castanhal (PA). À frente da marca Donna Lu Essence Velas Aromáticas Artesanais, a aposentada Francisca Douro, 65 anos, produz manualmente peças inspiradas na biodiversidade amazônica, com fragrâncias como açaí, flor de copaíba, palmeira e cerejeira, unindo bem-estar, identidade regional e cuidado com a experiência do cliente. Com apoio do Sebrae, Francisca participou de cursos de gestão, precificação e atendimento, deu entrada no registro da marca e foi selecionada para espaços estratégicos e a vitrine de negócios da COP30, fortalecendo sua presença no mercado.
“O Sebrae hoje é meu parceiro, está me dando suporte e abrindo portas. Eu comecei isso como uma terapia e virou um sonho. Me sinto privilegiada de estar aqui e de saber que o que eu faço leva bem-estar para a casa das pessoas”, afirma a empreendedora. Com a Brasil BioMarket e toda a agenda dedicada aos pequenos negócios, o Sebrae encerrou sua participação na COP30 reforçando seu papel como articulador de inovação, sustentabilidade e desenvolvimento econômico nos seis biomas brasileiros.
O Sebrae na COP30
Com um estande de 400 m² na Green Zone, o Sebrae promoveu uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. A estrutura reuniu auditório, sala de reuniões, ambiente multicultural e a própria loja colaborativa, conectando lideranças, investidores e empreendedores. De 10 a 21 de novembro, a programação integrou conteúdos técnicos, atividades culturais e atrações sensoriais, como documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, degustações, harmonizações e apresentações regionais. A instituição também operou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone) no Parque Belém Porto Futuro e realizou ativações urbanas em vários pontos da capital paraense.

