No penúltimo dia da COP30, o Sebrae faz o balanço do Selo Negócio Protetivo, iniciativa que transforma bares, hotéis, restaurantes, motoristas, artesãs e comércios em agentes ativos de proteção de mulheres e crianças. Nesta quinta-feira (20), o Sebrae leva donos de pequenos negócios à Green Zone, às 17h. Eles representaram as mais de 100 empresas que aderiram ao selo na capital paraense. Grandes empresas nacionais e internacionais, como iFood, Uber, 99 e Cartão de Todos, também se somaram ao movimento, mostrando que a proteção é um compromisso que atravessa setores, portes e territórios.

“Esse selo mostra que proteger mulheres e crianças é mais do que um discurso: é parte da operação, do atendimento e dos valores de um negócio comprometido com o futuro”, afirma Margarete Coelho, diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional. “Um garçom, um recepcionista, um guia, um motorista podem ser decisivos para salvar alguém. Queremos que cada ponto de atendimento seja também um ponto de acolhimento”, afirma.
Empreendedores do entorno da COP30 receberam capacitação gratuita, preparando esses profissionais para atuarem durante o evento. “Essa certificação é prática, territorial e humana. Sustentabilidade não existe sem segurança”, disse Carolina Maciel, diretora-executiva do Instituto Mondó, parceiro do Sebrae nas capacitações dos empreendedores.
“Podemos discutir floresta, clima e futuro, mas o Selo Negócio Protetivo nos lembra que só existe território vivo com pessoas protegidas”
Carolina Maciel, diretora-executiva do Instituto Mondó
A atuação preventiva também fortalece a reputação das empresas, destaca Eraldo Santos, gerente adjunto da Unidade de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão (UEDI). Segundo ele, os negócios certificados terão prioridade em ações do Sebrae após a COP30. A mobilização reúne empreendimentos de alimentação, hospedagem, mobilidade, artesanato, beleza, saúde e outros segmentos, mostrando que proteger é um valor universal.
Como funciona o Selo Negócio Protetivo
A certificação estabelece novo padrão de atendimento para negócios que lidam diretamente com o público. Entre as exigências, estão:
- Capacitação protetiva para a equipe;
- Implementação de protocolos de prevenção, acolhimento e encaminhamento;
- Exposição dos canais de denúncia (Disque 100, Disque 180 e protocolo ‘Não é Não’);
- Uso da sinalização oficial com QR Code verificável;
- Monitoramento contínuo e simplificado;
- Compromisso público com práticas de segurança e respeito.
O selo é aberto a negócios de todos os portes, incluindo bares, restaurantes, hotéis, pousadas, motoristas de táxi e aplicativo, guias, artesãs, ambulantes, empreendimentos comunitários, além de prestadores de serviços de limpeza, segurança, logística, cenografia e produção de eventos.
Uma rede de proteção que vai além da COP30

O Selo Negócio Protetivo, desenvolvido pelo Sebrae, seguirá ativo após a COP30, formando uma rede permanente de acolhimento, ética e segurança. O objetivo é deixar para o Pará um legado que não se mede apenas em número de visitantes, mas em vidas protegidas, profissionais capacitados e negócios mais conscientes, ressalta a coordenação do programa.Os números reforçam a urgência da iniciativa: uma em cada três brasileiras sofreu violência no último ano, e uma a cada seis meninas é vítima de violência sexual, índices que tendem a aumentar em períodos de grande circulação de turistas.
O Sebrae na COP30
Com estande de 400 m² instalado na Green Zone, o Sebrae transformou sua presença na COP30 em uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. Além de vitrine viva de inovação e cultura, é um espaço de diálogo e network, com sala de reuniões, auditório e loja colaborativa de produtos da bioeconomia, conectando lideranças, investidores e empreendedores.
De 10 a 21 de novembro, das 9h às 20h, a programação combina conteúdo, cultura e sensorialidade, com atrações como webséries e documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, apresentações culturais, degustações e harmonizações com ingredientes regionais. O Sebrae também montou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone), no Parque Belém Porto Futuro, e trabalha em ativações urbanas e outros pontos de presença pela capital do Pará. Acompanhe a cobertura completa dos pequenos negócios na COP30 pela Agência Sebrae de Notícias.
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