ASN Nacional
Compartilhe

Entenda como projetos de base comunitária se tornam alternativas para a resiliência climática

Sebrae apresenta iniciativas da Amazônia e do Nordeste destaca impacto social e modelos sustentáveis em comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas
Por Aline Brelaz, de Belém
ASN Nacional
Compartilhe

Iniciativas da Amazônia e do Nordeste que combinam geração de renda, saberes tradicionais e inovação sustentável foram apresentadas no Painel 38, “O papel dos projetos locais na busca para resiliência climática”, realizado no estande do Sebrae na COP30. No encontro, mediado por Pedro Cavalcante, analista de acesso a mercados do Sebrae, os empreendedores mostraram como soluções desenvolvidas nos territórios já estão respondendo aos impactos da crise climática e fortalecendo comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas.

“Trabalhamos com desafios ambientais conectados às realidades locais, com troca de saberes e inspirando histórias”, afirmou Cavalcante, ao abrir a discussão. Lunda Magalhães, representante da Coco On, contou como a startup, criada por quatro mulheres de Santo André (BA), transforma a fibra de coco para garantir trabalho e renda. A iniciativa beneficia comunidades ribeirinhas de cinco bairros da região.

“Nós transformamos a fibra do coco em arte e design sustentáveis. O Sebrae é referência de apoio, capacitação e valorização dos empreendedores. Confio nessa parceria para levar nosso trabalho a novos mercados”

Lunda Magalhães, representante da Coco On

Fundadora da Saboaria Rondônia, Jaqueline Freitas relatou como o aumento das temperaturas tem atrasado a germinação de mudas de buriti, afetando todo o ciclo produtivo que beneficia 385 famílias e 9 etnias indígenas. “A crise climática já impacta o nosso dia a dia. O Sebrae tem todas as ferramentas para nos ajudar, e a loja instalada na Green Zone é uma vitrine dos nossos produtos para o mundo”, ressaltou.

Empreendedores discutiram, no estande do Sebrae na COP30, o papel dos projetos locais em relação à resiliência climática

Representando o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Edivan Carvalho apresentou ações de recuperação florestal e de acesso ao mercado envolvendo ribeirinhos, quilombolas e extrativistas. Ele destacou o projeto Inova e Sustenta, desenvolvido em parceria com o Sebrae, que reúne 18 empreendimentos da Transamazônica, sendo 12 liderados por mulheres.

“É preciso conectar a ciência aos saberes tradicionais e transformar a voz da floresta em soluções aplicáveis, gerando renda e alimentos às comunidades”

Edivan Carvalho, do IPAM

Ferramentas de mapeamento interativo que colocam as comunidades no centro da gestão territorial foram abordadas por Fábio Rodrigues, coordenador de projetos da Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam). “Trabalhamos para que os mapas reflitam a realidade de quem vive nos territórios. O Sebrae é uma das instituições que mais chega a diferentes regiões do país, apoiando pequenos empreendedores e promovendo mudanças reais”, destacou.

O Sebrae na COP30

Com estande de 400 m² instalado na Green Zone, o Sebrae transformou sua presença na COP30 em uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. Além de vitrine viva de inovação e cultura, é um espaço de diálogo e network, com sala de reuniões, auditório e loja colaborativa de produtos da bioeconomia, conectando lideranças, investidores e empreendedores.

De 10 a 21 de novembro, das 9h às 20h, a programação combina conteúdo, cultura e sensorialidade, com atrações como webséries e documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, apresentações culturais, degustações e harmonizações com ingredientes regionais. O Sebrae também montou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone), no Parque Belém Porto Futuro, e trabalha em ativações urbanas e outros pontos de presença pela capital do Pará. Acompanhe a cobertura completa dos pequenos negócios na COP30 pela Agência Sebrae de Notícias.

-

  • COP30
  • Mudanças climáticas
  • Sustentabilidade