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Sebrae encerra missão no Web Summit Lisboa 2025 com visita à Unicorn Factory

Delegações estaduais identificam em modelo português de apoio a startups oportunidades concretas de cooperação e expansão internacional
Por Redação
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O Sebrae encerrou sua participação no Web Summit Lisboa 2025 com visita técnica à Unicorn Factory Lisboa, uma das principais referências europeias no apoio a startups. A ação, realizada nesta sexta-feira (14), reuniu representantes do Piauí, Rondônia, Alagoas, Amapá, Paraná, São Paulo e Sergipe, que conheceram o modelo português de desenvolvimento de startups em estágio inicial e sua interconexão com hubs globais de inovação.

A delegação se interessou pelas ferramentas da Factory, sobretudo pela possibilidade do suporte remoto, que permite às startups brasileiras iniciarem sua expansão para a Europa mantendo a operação no país. Segundo Sandra Pereira, Content Manager da Unicorn Factory Lisboa, o hub funciona como porta de entrada para startups que desejam acessar o mercado europeu sem deslocamento imediato.

Somos uma iniciativa que apoia startups early stage e as prepara para alcançar escala internacional. Empresas brasileiras podem participar dos nossos programas à distância, mantendo suas operações no país enquanto começam a interagir com o ecossistema europeu. Abrimos portas em vários níveis, legal, financeiro, estratégico e de networking.

Sandra Pereira, Content Manager da Unicorn Factory Lisboa

Para a head de Startups do Sebrae, Cristina Mieko, o encerramento da missão em um ambiente de inovação como a Unicorn Factory reforça o caráter estratégico da participação no Web Summit. “Compreender como Lisboa atrai startups internacionais e como apoia a entrada de novos negócios é extremamente valioso. Trazemos para o Brasil insights que podem fortalecer nossos eventos, estruturas e ações para atrair talentos, corporações e estimular a inovação de forma consistente”, afirmou.

Resultados já começam a aparecer

No Paraná, os efeitos dessa estratégia do Sebrae de aproximação internacional são concretos. Uma startup que participou da missão no Web Summit em 2024 está agora em processo de instalação na Unicorn Factory Lisboa. “É a nossa terceira missão e já vemos resultados reais”, destacou Rafael Tortato, coordenador de Startups do Sebrae Paraná. “A startup que trouxemos no ano passado está se instalando em Lisboa, com acesso a mentores, capacitações e uma rede global. A internacionalização é tangível para pequenos negócios quando existe estrutura de apoio.”

Representantes de outros estados também destacaram os ganhos práticos da agenda. Para Washington Lima, analista do Sebrae Alagoas, a visita ampliou os conhecimentos sobre como hubs europeus estruturam conexões diretas com grandes empresas, aceleradoras e investidores. “O acesso ao mercado é o principal gargalo das startups brasileiras. Ver como essa conexão acontece em Lisboa traz modelos que podemos adaptar para o Brasil”, afirmou.

De Rondônia, o analista de inovação Rangel Miranda disse que a programação permitiu o aprofundar em novos modelos para se trabalhar o empreendedorismo.

Vimos programas robustos, desde formação empreendedora até aceleração de negócios de impacto. Saímos daqui com uma perspectiva concreta de cooperação e fortalecimento dos nossos ecossistemas.

Rangel Miranda, analista de inovação Sebrae/RO

Já Guilherme Arradi, gerente de Inovação do Sebrae São Paulo, trará novas referências ao ecossistema paulista. “É um benchmark muito rico. Entender como estruturam governança, programas e a revitalização de territórios é inspirador. Também pudemos avaliar como conectar nossas startups a esse ambiente e, ao mesmo tempo, atrair empresas portuguesas para o Brasil. A cooperação é um caminho natural”, concluiu.

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