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Sebrae apoia fortalecimento da bioeconomia e do desenvolvimento sustentável na Amazônia

Instituição promoveu missão na região do Baixo Amazonas (PA) para alinhar ações estratégicas que integrem inovação, empreendedorismo e sustentabilidade na região
Por Lívia Palmieri
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O Sebrae Nacional, juntamente com o Sebrae/PA, participou nesta semana de uma missão à região do Baixo Amazonas (PA) para conhecer iniciativas que estão sendo organizadas com o objetivo de fortalecer cadeias produtivas sustentáveis baseadas no uso racional de recursos biológicos.

“Nosso objetivo é que, para além da mineração, da pecuária, da agricultura, da soja, dos grãos e da economia urbana, nós possamos, de fato, fomentar no Pará, a partir de Belterra, Alter do Chão, Santarém e Mojuí dos Campos, um modelo de desenvolvimento, em que todas as instituições servem a um formato baseado no desenvolvimento territorial, inovação por meio da ciência, empreendedorismo e bioeconomia”, informou o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick.

De acordo com o diretor, a expectativa do Sebrae é apresentar o trabalho que vem sendo liderado pela instituição no estado do Pará, em parceria com diversas outras organizações, como um exemplo da inventividade dos brasileiros durante a realização da próxima Conferência do Clima (COP-30), que será organizada pela ONU, em novembro de 2025, em Belém, capital do estado.

Nós temos essa expectativa e não poderia deixar de ressaltar esse trabalho espetacular liderado pelo Sebrae Pará na realização da COP-30, um evento planetário, com um dos temas mais importantes do momento, trazendo soluções concretas, reais e factíveis para a realidade amazônica e do nosso país como um todo.

Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae.

O Sebrae entende que a bioeconomia não é apenas um conceito, mas sim um caminho concreto para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, aliando preservação ambiental à geração de valor econômico.

“Com iniciativas como essa, o Sebrae reafirma seu compromisso como um agente de transformação econômica e social, promovendo a conexão entre pequenos negócios e mercados globais. A instituição desempenha um papel fundamental na estruturação de ecossistemas de negócios que garantam inovação e sustentabilidade, criando oportunidades reais para empreendedores da região”, comemorou o diretor técnico.

Consultor do Sebrae, Paulo Haddad destacou que a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável na região depende da valorização dos recursos locais e da incorporação de novas tecnologias. “O objetivo é criar valor econômico em diferentes cadeias produtivas que preservem a floresta em pé. Isso se faz através de uma mobilização dos recursos das comunidades, o que nos leva a trazer para a região as mais modernas tecnologias”, pontuou.

Missão do Sebrae conhece a diversidade da Amazônia. Foto: AD Produtora.

Parcerias estratégicas

Ana Euler, diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, destacou a relevância da bioeconomia como “presente e futuro” da Amazônia. Segundo ela, o grande desafio é valorizar a floresta em pé e as comunidades locais, levando conhecimento e tecnologia para garantir um modelo de desenvolvimento diferente do passado.

“Essa ideia de hub de bioeconomia do Sebrae nessa região faz todo o sentido para a gente. Queremos trabalhar de mãos dadas com o Sebrae, com o Senar, com as comunidades, com empresas, para realmente potencializar esse ecossistema de inovação para trazer novas soluções e oportunidades para quem é daqui e para quem quer investir na Amazônia”, complementou.

O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, também enfatizou a importância de iniciativas sustentáveis aliadas à geração de renda. Para ele, a preservação ambiental precisa estar vinculada ao desenvolvimento econômico das comunidades locais.

A preservação de uma floresta tem que estar vinculada à geração de renda. E o que a gente vê aqui são experiências que precisam de apoio, precisam crescer em escala.

Daniel Carrara, diretor-geral do Senar.

Para ele, a organização das cadeias produtivas é um caminho para transformar a região em um “grande case e mostrar para o mundo que o Brasil sabe cuidar das suas reservas”.

Wilson Poit, empreendedor e membro associado estatutário da Endeavor, considerou a experiência “inesquecível”. “Está totalmente dentro do foco da Endeavor, que está com um olhar bastante voltado para a Amazônia, para a sustentabilidade”, declarou.

“Somente através de uma ação integrada das entidades é que vamos conseguir fortalecer as comunidades e trazer soluções eficazes para a nossa Amazônia”, complementa Augusto Braun, presidente do Instituto Climático Von Bohlen Und Halbach.

O Sebrae tem realizado um trabalho de levantamento iconográfico da região do Baixo Amazonas para entregar aos empreendedores locais um acervo para qualificar produtos, espaços e serviços. Até setembro, o Sebrae tem uma série de iniciativas como capacitações e conexões de mercado previstas para a região de Santarém.

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