Com a missão de discutir políticas públicas que incentivem as mulheres a empreender em um ambiente de negócios mais favorável, foi criada, nesta quarta-feira (5), a Frente Parlamentar Mista pela Mulher Empreendedora. Formada por 187 deputados e 18 senadores de diferentes partidos, a Frente será comandada pela deputada Any Ortiz (Cidadania-RS).
O lançamento oficial da Frente Parlamentar ocorreu no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, com a presença da diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, entre outras autoridades e parlamentares.
Na ocasião, a diretora destacou as dificuldades que as mulheres enfrentam para empreender. Segundo ela, além da falta de oportunidades, as mulheres ainda precisam se dedicar à economia do cuidado e sofrem com a desconfiança no ambiente corporativo.
Margarete reforçou o compromisso do Sebrae em apoiar as donas de pequenos negócios em todo o país e em contribuir para a atuação da Frente Parlamentar. A diretora também aproveitou a oportunidade para ressaltar a importância de o Congresso Nacional dar andamento a projetos de lei que tenham impacto efetivo na vida das empreendedoras.
“As mulheres empreendedoras do Brasil estão praticamente desamparadas da nossa legislação e daí a importância da criação desta Frente Parlamentar. É preciso aprovação de leis que efetivamente garantam melhorias para as empreendedoras”, declarou.
Como presidente da Frente, a deputada federal Any Ortiz (Cidadania-RS), defendeu que as mulheres tenham melhores condições para empreender e prosperar. Ela também lembrou a importância da educação financeira como um diferencial para quem empreende. “Eu abri meu primeiro negócio aos 19 anos e passei por inúmeras dificuldades. Sei o quanto é desafiador empreender neste país pelas questões tributárias, os desincentivos de todos os dias e a burocracia”, comentou. Segundo a deputada, o papel da Frente será de incentivar o empreendedorismo, por meio do qual é possível resgatar a dignidade, promover a liberdade financeira e sustentar famílias.
A vice-presidente da Frente Parlamentar e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a deputada federal Lêda Borges (PSDB-GO), por sua vez, destacou o potencial do empreendedorismo feminino para interromper ciclos de violência. “Empreender liberta, principalmente aquelas mulheres que estão na base da pirâmide e em situações de vulnerabilidade”, defendeu.
A procuradora da Mulher na Câmara, a deputada Soraya Santos (PL-RJ), frisou o potencial do empreendedorismo feminino para transformar a sociedade. “Onde há mulheres empreendendo, há menos desigualdade social”, afirmou. De acordo com a deputada, um dos pilares de atuação da Procuradoria no próximo biênio será o empreendedorismo.