Nesta terça-feira (14/03), em Trindade, foi realizado o 1° Fórum do LIDER da Região Metropolitana de Goiânia. Na ocasião, estiveram presentes os líderes de 18 municípios integrantes da iniciativa, imprensa, atores da iniciativa privada, parceiros institucionais, consultores do Sebrae Nacional e representantes do Sebrae Goiás. São eles: Abadia de Goiás; Aparecida de Goiânia; Aragoiânia; Bela Vista de Goiás; Bonfinópolis; Cezarina; Goianira; Guapó; Inhumas; Nova Veneza; Palmeiras de Goiás; São Miguel do Passa Quatro; Santo Antônio de Goiás; Senador Canedo; Terezópolis de Goiás; Trindade e Varjão.
O objetivo do Projeto LIDER é envolver atores de destaque na esfera pública, privada e terceiro setor, visando o desenvolvimento de territórios. No papel de articulador, o Sebrae Goiás reuniu um time estratégico para aplicar a metodologia de desenvolvimento na Região Metropolitana de Goiânia. Beto Maciel, um dos consultores responsáveis pela condução do grupo, destaca a importância em juntar forças de forma estratégica e coordenada. “Assim, temos mais controle da informação e gastamos menos. Essa é a base do desenvolvimento”, afirma.
Cada região tem uma maneira de institucionalizar o compromisso com o desenvolvimento do território. No caso da Região Metropolitana de Goiânia foi lançada a Agência de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Coração Goiano (Adesgo). A ideia é consolidar a região como referência de inteligência socioeconômica nos indicadores de desenvolvimento a nível Brasil.
Jornada de transformação
Para a empresária Andreia Andrade, integrante do comitê gestor do grupo, ninguém sai do jeito que entra no processo. “Estamos acostumados a pensar no nosso ‘mundinho’. Como representante do empresariado em Trindade, no início foquei o meu olhar exclusivamente pra Trindade, o que foi um engano. Fui entendendo que o objetivo é na verdade avaliar e pensar no todo”, diz.
“Estamos falando de cidades que têm expectativas divergentes e anseios. “Evoluí meu pensamento e hoje consigo sentar com lideranças de todos os setores para discutir o que é melhor, pensando no território”, aponta. Segundo ela, as pessoas entram no projeto como “cidade”, mas saem sai como um “território”.
Celebração
O gerente da Regional Metropolitana do Sebrae Goiás, Éder José de Oliveira, conta que o evento foi um marco e motivo de celebração não só para os envolvidos, mas para a sociedade como um todo. “Afinal de contas, todo mundo desfruta do resultado desse tipo de projeto. A verdade é que a caminhada é longa até a conclusão desse trabalho”, destaca. “A construção do projeto, segundo ele, foi árdua, pois passa pela identificação e mobilização dessas lideranças que de fato vão conseguir contribuir num processo de desenvolvimento coletivo”, acrescenta.
O principal desafio, segundo ele, é integrar as pessoas para que elas possam se enxergar como colaboradores e como território. “A partir de agora, a meta é colocar esse plano que foi construído em ação para podermos começar a colher daqui há dez anos. Ao longo de 2023 nós teremos outros três fóruns para afinar arestas, mapear dificuldades e nortear o grupo para que, daqui a pouco, eles possam caminhar sem o Sebrae”, explica Éder.
Metodologia de sucesso
O Sebrae Nacional tem avançado no planejamento e no desenvolvimento territorial em todo o Brasil. O Projeto LIDER é uma das ferramentas usadas para consolidar esse desenvolvimento. De acordo com o gestor estadual do Líder em Goiás, Andrey Azeredo, dois pontos são desafiadores nesse processo: “identificar os parceiros certos e mantê-los engajados até o final”. “É um programa longo, são aproximadamente 20 meses que exigem muito da agenda dos envolvidos. Mas com muita técnica, determinação e qualidade o Sebrae tem superado esses desafios com êxito”, afirma Andrey.
Claudio Ramos é facilitador do LIDER a nível Nacional e também acredita nos resultados da metodologia. “O Projeto LIDER é uma espécie de missão de vida”, enfatiza. “É fascinante olhar para dentro da região buscando se desenvolver a partir das lideranças, que tem esse poder de fato de influência, de mudança. Por ser uma região metropolitana é um grande desafio. A própria hierarquia de serviços, as dependências entre uma cidade e outra, mas cada um entendendo bem a sua função acaba criando um mecanismo interessante para se promover movimento econômico”, completa. O seu papel agora, segundo ele, é dar apoio à diretoria da Adesgo, para fomentar o crescimento do coração goiano.