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Ceará recebe o primeiro roadshow nacional do Programa Novo Brasil Mais Produtivo

Para participar do Brasil Mais Produtivo, as empresas selecionadas precisam realizar um cadastro prévio na plataforma da iniciativa
Por Redação
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Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a iniciativa conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), tendo o Sebrae/CE e o Senai/CE-Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial- como executores do programa no Estado.

A solenidade foi aberta pelo diretor do Senai/Ceará, Paulo André Holanda, representando o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, que cumpria agenda em Brasília. Paulo André aproveitou para comemorar o fato de que o Senai/Ceará já podia festejar porque tinha batido a meta proposta pelo programa para o Estado.

Em seguida, ele leu a mensagem do presidente da FIEC e vice-presidente Executivo da CNI, Ricardo Cavalcante, que ressaltou que no estado do Ceará, onde a indústria é responsável por 20,5% do PIB estadual, e contribui com 23% de toda a arrecadação do ICMS, a implementação deste programa será um grande impulsionador para a economia local. Além disso, “as indústrias cearenses participam com 84% das exportações do estado. O Novo Brasil Mais Produtivo não é apenas um programa, é uma oportunidade para transformarmos nossa indústria, promovermos a inovação e aumentarmos a competitividade em um mercado global cada vez mais desafiador”, afirmou Cavalcante, em seu texto.

Falando pelo Sebrae/CE, o superintendente Joaquim Cartaxo enfatizou que a instituição também já tinha batido a sua meta do Programa. Depois, apresentou os números dos pequenos negócios no Estado. “Vejam por que nenhuma discussão sobre a Economia do Ceará pode deixar de fora as micro e pequenas empresas: o estado do Ceará possui 662.350 CNPJ ativos, segundo a plataforma de inteligência de dados do Sebrae/CE, 88% deles (585.280), são micro e pequenas empresas. O Estado tem 95.032 indústrias. Desse total, 91% são micro e pequenas. Em 2023, segundo o Caged, os pequenos negócios geraram 86% dos empregos com carteira assinada”, afirmou.

Vejam, não é possível ter um debate sobre emprego, se quem gera emprego não estiver presente na discussão.

Joaquim Cartaxo, superintendente do Sebrae/CE

E aproveitou para falar sobre a forma como o Sebrae/CE vem atuando. “O Programa Ceará Empreendedor vem aprofundando o desenvolvimento sustentável. Agora, agimos de forma territorializada. O Ceará foi dividido em 11 territórios, temos mais de 160 Salas do Empreendedor e, ainda, o Programa Cidade Empreendedora, que tem o objetivo de melhorar o ambiente de negócios dos municípios”.

O gestor falou também sobre a importância da Agenda LIDER e do ensino de empreendedorismo nas 132 escolas profissionalizantes, com o Projeto Despertar. Cartaxo destacou, ainda, outra aposta do Sebrae/CE visando o futuro dos pequenos negócios: a estruturação do Ecossistema de Inovação do Estado e a construção de Centros de Inovação em Fortaleza, Juazeiro e Sobral, além de Centros de Referência.

Sobre o Programa Brasil Mais Produtivo que vai destinar R$ 2,037 bilhões para o engajamento digital de 200 mil indústrias, com atendimento presencial a 93 mil empresas até 2027, Cartaxo ressaltou que a iniciativa vem se integrar ao esforço do Sebrae/CE em favor do desenvolvimento dos pequenos negócios.

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Também compuseram o palco de abertura: Carlos Geraldo Santana, Diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Marcelo Priim, Diretor de Operações da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Flávio de Souza Marinho, Gerente de Negócios, Inovação e Tecnologia do SENAI Nacional; Carlos Eduardo Santiago, Gerente de Competitividade do SEBRAE Nacional; Dana Nunes, Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) Ceará; Carlos Egberto Mesquita, Gerente do Instituto SESI SENAI de Tecnologia; e Sônia Parente, Gerente da Unidade de Educação do SENAI Ceará, além da presença, na plateia, de Cid Alves, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/CE.

O programa na prática

Para participar do Brasil Mais Produtivo, as empresas selecionadas precisam realizar um cadastro prévio na plataforma https://brasilmaisprodutivo.mdic.gov.br/. “Existe o cadastro na plataforma indústria, para a empresa preencher os pré-requisitos e, então, é verificada, junto aos empresários, a possibilidade de extração de 20% de ganho de produtividade”, explicou o Consultor Líder do programa no Ceará, Paulo Miranda.

As modalidades de atendimento são:

1. Plataforma de produtividade
200 mil micro, pequenas e médias empresas, de todos os setores, engajadas na plataforma do programa. O acesso é gratuito, tanto para inscrições das empresas como para a indicação do interesse nos produtos do programa, ou para navegação no conteúdo disponibilizado por todos os parceiros institucionais (cursos, materiais e ferramentas sobre produtividade e transformação digital).

2. Diagnóstico e melhoria de gestão
50 mil micro e pequenas empresas industriais receberão ações 100% gratuitas de inovação e melhoria da gestão com a metodologia ALI do SEBRAE.

3. Otimização de processos industriais
30 mil micro e pequenas indústrias e 3 mil médias indústrias receberão consultorias especializadas, concomitantemente com a realização de assessoria em educação profissional para definição de trilhas de cursos de aperfeiçoamento profissional para os trabalhadores das empresas atendidas, com as metodologias do SENAI em manufatura enxuta e eficiência energética.

4. Transformação Digital
Em 8,4 mil micro, pequenas e médias indústrias serão aplicados projetos de PD&I para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias que acelerem a adoção de tecnologias 4.0. Os projetos serão desenvolvidos por 360 novos provedores de soluções tecnológicas. Outras 1,2 mil médias indústrias receberão consultoria para um plano de transformação digital, além de acesso a descontos em cursos de pós-graduação.

Para Carlos Geraldo Santana, Diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), é preciso levar para esses empresários a digitalização e a eficiência energética que representam uma economia gigantesca.

Com isso, consequentemente, haverá aumento de produtividade e de geração de emprego, porque vai sobrar dinheiro, já que as empresas terão suas perdas reduzidas. A indústria quer contratar mas, às vezes, os encargos e as perdas dificultam.

Carlos Geraldo Santana, diretor de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)

O momento da indústria é agora

Para Marcelo Priim, Diretor de Operações da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o cenário atual é o mais propício. “O momento da indústria é agora. Temos um Vice-Presidente (Geraldo Alckmin) que é Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; temos bilhões de reais em recursos FINEP, BNDS e Embrapii que tem um papel a cumprir na área de inovação. Temos recurso financeiro, talento e uma política industrial na agenda. Então, estamos no momento certo e no local certo. O Nordeste tem se destacado na agenda de inovação nacional. Na Embrapii, entre as 94 unidades, as que mais contratam projetos estão aqui, no Nordeste; em específico, nas nossas unidades do Ceará,”

O programa é um ecossistema de desenvolvimento industrial. Juntar as instituições como as que estão aqui, com a sua relevância, para oferecer o que elas têm de melhor, é único. Apesar do programa ter começado a apenas três meses, já estamos olhando para o ano que vem e o ano seguinte. Outras frentes virão, em breve.

Flávio Marinho, gerente de Negócios, Inovação e Tecnologia do SENAI Nacional

Já Carlos Eduardo Santiago, Gerente de Competitividade do Sebrae Nacional, fez questão de ressaltar a melhoria que o programa vai trazer para a gestão e a transformação digital das empresas, que vão contribuir em 20% em média para a melhoria da competitividade dos pequenos negócios insustriais.

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